O cultivo integrado de atividades agrícolas e pecuárias gera renda 50% maior na comparação com o uso da mesma terra para o cultivo de cana-de-açúcar.
O ganho é específico de uma companhia agrícola, mas serve de base comparativa sobre ganhos culturais.
Segundo Fábio Gonçalves de Souza, gerente-geral do Grupo Vilela de Queiroz (GVQ), com sede em Barretos (SP), e propriedades agrícolas em Goiás, Rondônia, Mato Grosso e no Pará, a companhia registrou em 2016 lucro médio de R$ 3,3 mil por hectare.
“Se a mesma terra fosse destinada para o cultivo de cana-de-açúcar, o lucro seria de R$ 1,7 mil por hectare”, disse Souza em apresentação no evento Encontro de Recriadores da Scot Consultoria, na terça-feira (04/04), em Ribeirão Preto (SP).
Para chegar ao lucro por hectare com cana, o executivo do GVQ levou valores pagos pela atividade canavieira no estado de São Paulo.
Estratégia
O GVQ, conforme Souza, possui 4,8 mil hectares empregados com a Integração Lavoura Pecuária (ILP), estratégia que integra atividades agrícolas e pecuárias na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado.
“Com a Integração, o grupo chega a ter safras por ano”, afirmou o gerente-geral. A primeira safra contempla pecuária e braquiária, enquanto a segunda reflete a produção de soja. Já a terceira safra do GVQ diz respeito à produção de milho.