A Unicamp será parceira do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e da Embraer no Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE), criado com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em projeto que pretende preparar a mobilidade aérea de zero carbono.
A Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) irá desenvolver motores elétricos especiais para a aviação e sistemas eletrônicos que os controlem. De acordo com o professor da FEEC José Antenor Pomilio – que coordenará a equipe de pesquisadores da universidade – existem duas linhas para o desenvolvimento de veículos aéreos eletrificados. Em uma delas, o veículo seria semelhante a um helicóptero, de decolagem vertical, tipicamente de uso urbano. Na outra, um modelo mais próximo do avião, para distâncias um pouco mais longas, com decolagem horizontal.
Segundo Pomilio, o CPE criado no ITA direciona-se a essa segunda linha. “O mundo inteiro pesquisa essas duas vertentes, mas nada está feito ainda, apenas alguns protótipos. Estamos iniciando essa atividade no momento certo”, disse o professor.
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Os projetos serão conduzidos por pesquisadores da instituição e da empresa, em parceria com a Unicamp e a Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP). O professor Domingos Rade (ITA) explica que, ao todo, foram definidas cinco linhas de pesquisa. A Unicamp assumirá a linha relacionada à propulsão elétrica e eletrificação de aeronaves.
“É uma pesquisa voltada para o controle de máquinas elétricas, com aplicação futura em propulsão aeronáutica”, explica. “Estamos pensando na aviação do futuro, por propulsão elétrica, em substituição aos motores de combustão interna, ou turbinas a gás. Queremos reduzir as emissões, o que hoje é uma necessidade”, afirma o professor.
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“Vivemos um momento especial, dado o imperativo da sustentabilidade, e com tantas tecnologias emergentes”, disse o vice-presidente de Engenharia, Tecnologia e Planejamento Estratégico da Embraer, Luis Carlos Affonso. “Acreditamos que o nosso CPE será um bom exemplo de cooperação entre empresa, governo e Academia, e que iremos ajudar a definir o futuro da aviação zero carbono“, concluiu ele.