Unica diz que benefícios anunciados são insuficientes para afastar crise

Foi anunciado pelo governo nesta quarta-feira, 10 de setembro, que açúcar e etanol passarão a fazer parte do Programa Reintegra, sendo as empresas ressarcidas em 0,3% sobre as receitas decorrentes da exportação dos dois produtos. A partir de 2015, esse percentual subirá para 3%. A medida aguarda assinatura da Presidente da República e passará a valer assim que publicada no Diário Oficial da União. O Reintegra é um benefício criado pelo Governo Federal que possibilita que algumas empresas brasileiras exportadoras recuperem até 3% da receita decorrente da exportação.

No mesmo dia, o ministro Guido Mantega informou também a liberação de linhas de financiamento em condições diferenciadas para a construção de armazéns de açúcar no país. O auxílio precisa ser aprovado pelo CMN – Conselho Monetário Nacional em reunião prevista ainda para este mês de setembro. Objetivo é que o Brasil amplie sua capacidade de armazenamento, atualmente em níveis bastante inferiores aos dos principais países produtores e exportadores de açúcar, e, com isso, permitir melhores oportunidades de comercialização do produto.

Apesar de importantes, as medidas ainda são insuficientes para a recuperação do setor. Ao menos esta é a opinião da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar. “É preciso uma visão de longo prazo, principalmente no que se refere ao etanol e à biomassa, com políticas públicas claras, estáveis, consistentes e que possibilitem a recuperação da competitividade do setor e um ambiente propício a novos investimentos”, informou a entidade em um comunicado.