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UNICA destaca protagonismo do Brasil na mobilidade de baixo carbono

Evandro Gussi apresentou dados que ressaltam os ganhos ambientais e econômicos do uso do etanol no Brasil

(Divulgação: Foto Felipe Costa)
(Divulgação: Foto Felipe Costa)

O MBCB (Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil) e a Esfera Brasil reuniram autoridades de diversas áreas e representantes do setor privado para debater a transição energética no país, durante o seminário “Descarbonização: os desafios para a mobilidade de baixo carbono no Brasil”, em Brasília.

O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), Evandro Gussi, participou de um dos painéis do evento e defendeu o protagonismo brasileiro na produção de etanol como case único em todo o mundo no que se refere à mobilidade de baixo carbono com viabilidade econômica.

“Nesse momento em que nós temos as mudanças climáticas como um dos maiores desafios da humanidade, o Brasil tem um caso único e de protagonismo para apresentar. O Brasil vai fazer transição energética, vai ter a melhor transição energética para a mobilidade e com um incremento de R$ 2,6 trilhões no seu PIB. Estamos gerando tributo e criando empregos”, ressaltou.

Evandro Gussi participou do painel “O protagonismo do Brasil na transição energética”, juntamente com o ministro dos Transportes, Renan Filho; o deputado e relator PL Combustível do Futuro, Arnaldo Jardim; o presidente SIAMIG e Bioenergia Brasil, Mário Campos; e o presidente do Conselho da Abiogás, Alessandro Gardemann. “É um momento histórico o que nós estamos vivendo. Um setor completamente unido, toda cadeia de mobilidade está aqui representada no movimento da Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil”, destacou Gussi.

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(Divulgação: Foto Felipe Costa)

O presidente da UNICA ainda apresentou dados que demonstram o impacto positivo do uso do etanol no Brasil, como alternativa sustentável para os combustíveis fósseis.

“Só com veículos flex, de 2003 até agora, o brasileiro já economizou mais de R$ 110 bilhões por ter essa possibilidade de chegar ao posto e dizer: ‘quero gasolina ou quero etanol’. Nós temos no Brasil o único lugar do mundo em que a gente economiza descarbonizando e descarboniza economizando. Porque ao lado dos R$ 110 bilhões economizados, nós evitamos a emissão de mais de 660 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera”, pontuou.

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Autoridades unidas pela descarbonização

O seminário promovido pelo MBCB e a Esfera Brasil foi marcado pelo alinhamento de discursos das diversas autoridades presentes, em defesa da transição energética no país. O vice-presidente Geraldo Alckmin abriu o evento e destacou a importância do etanol para a agenda de descarbonização.

“Nós somos exemplo, 85% da frota brasileira é flex. Há 22 anos, pouco se falava em questão climática, o que nós fizemos em São Paulo? Combustível da gasolina, 25% o ICMS, a alíquota. Nós reduzimos o etanol para 12%. O consumidor colocou o etanol. É ele que escolhe. Nós estamos frente a um desafio e o Brasil vai ser o grande protagonista do mundo. É uma questão planetária: segurança alimentar, segurança energética e clima”, completou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pontuou que o Poder Legislativo tem dado prioridade à pauta da descarbonização, elencando diversos projetos de lei importantes, entre eles o PL 528/2020, conhecido como Combustível do Futuro, aprovado na última quarta-feira e que estabelece marco legal para o setor de biocombustíveis.

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“A gente não cansa de dizer, por onde andamos, que nós somos um país que preserva, com uma legislação muito rica e muito dura, e que todo o nosso ecossistema favorece justamente esse ambiente de uma indústria descarbonizada e de geração de energias limpas. E o Congresso tem estado presente nessa pauta”, disse Lira.

Estudo inédito

No seminário, o MBCB apresentou os resultados de um estudo inédito da LCA Consultores e MTempo Capital, intitulado ‘Trajetórias Tecnológicas mais Eficientes para a Descarbonização da Mobilidade’. O levantamento aponta o potencial do Brasil em se tornar protagonista na transição para um setor de transporte com menor emissão de carbono, incentivando o uso de soluções limpas disponíveis e considerando tecnologias renováveis emergentes, ao mesmo tempo em que deixa claro o impacto socioeconômico da transição energética. Para mais informações sobre o estudo, clique aqui.