O oeste paulista segue seu caminho como polo pioneiro de produção e utilização do biometano proveniente de resíduos da cana-de-açúcar. A Una Vasos, indústria de cerâmica artesanal localizada no município de Indiana (SP), começou em julho a operação com o gás renovável produzido pela Cocal.
A distribuição é feita via GNC (cilindros transportados via carretas). Cada carreta tem capacidade de levar até 7 mil m³ de biometano e a previsão é que todos os fornos da empresa funcionem com o gás renovável em até 60 dias.
De acordo com a CEO da Una, Alessandra Busto, a introdução do biometano no setor nacional de cerâmica foi um grande desafio.
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“Nossas atividades eram feitas com o GLP (gás liquefeito de petróleo). A missão era a troca pelo biometano garantindo que o gás renovável alcançaria a temperatura necessária, garantiria a resistência da peça e a qualidade da textura. Deu tudo certo e a operação está ainda melhor, além do exemplo que queremos ser para outras empresas da região no compromisso com a sustentabilidade”, afirma a CEO.
A proximidade entre produtor (planta de biogás em Narandiba) e cliente final garante um ambiente seguro e ágil para o negócio.
“Estamos oferecendo preços competitivos aos empresários da região junto ao compromisso com o meio ambiente. O biometano já é uma realidade e representa uma das principais alternativas na transição para uma economia carbono zero”, destaca o diretor comercial e de novos produtos da Cocal, Andre Gustavo Silva.
Recentemente, a Cocal iniciou as obras de uma nova planta de biogás na unidade de Paraguaçu Paulista. Com investimento de R$ 216 milhões, o projeto conta com apoio da empresa de tecnologia Geo Biogás & Tech e com produção 100% voltada para o biometano. A previsão é que o gás renovável esteja presente cada vez mais em diversos setores do oeste paulista e de todo país.