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Tonon capta US$ 45 milhões para capital de giro da safra

Destilaria Usina Santa Cândida
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A Tonon Bioenergia, grupo com três usinas de cana-de-açúcar no Centro-Sul, tornou pública ontem uma série de operações de financiamento de capital de giro fechadas neste primeiro quadrimestre de 2014 que somam aproximadamente US$ 45 milhões. A taxa mais competitiva dessas operações foi de 4,5% ao ano.

Entre elas, um pré-pagamento de exportação celebrado com o banco HSBC Brasil, no valor de US$ 10 milhões com vencimento em abril de 2017. O financiamento foi fechado com juros de 8,65% ao ano. A operação foi aprovada pelo conselho da Tonon no dia 13 de março deste ano, mas apenas tornada pública ontem no Diário Oficial de São Paulo. A garantia da operação foi o penhor de área de cana-de-açúcar e contratos de exportação de açúcar.

A Tonon Bioenergia, que tem como sócio o fundo de private equity FIP Terra Viva, gerido pela DGF Investimentos, também publicou ontem que seu conselho aprovou em 28 de janeiro deste ano uma operação de pré-pagamento de exportação com a britânica Holco Man no valor de US$ 25 milhões. A taxa de juros e o prazo do financiamento não foram informados.

A empresa, que tem entre seus financiadores o fundo americano Amerra, também informou que seu conselho autorizou em março a contratação de um Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) com o suíço Banque Cantonale Vaudoise, no valor de US$ 10 milhões, com juros de 4,5% ao ano. A operação terá vencimento em 30 de novembro de 2014 e terá como garantia o penhor de cana e contratos de exportação de etanol celebrado com a trading Greenergy.

Além dessas operações, a maior parte voltada para capital de giro da operação sucroalcooleiro, a companhia concluiu em maio passado a emissão de US$ 230 milhões, para alongar seu perfil de endividamento. O bônus, com vencimento em dez anos, teve demanda com retorno (yield) de 10,75% ao ano e pagamento de cupom semestral de 10,5% anuais. Em janeiro de 2013, a empresa havia emitido bônus com vencimento em sete anos de US$ 300 milhões, a um custo de 9,25%.

Nesta safra 2014/15, as três usinas do grupo devem processar 8 milhões de toneladas de cana. A empresa tem plano para expandir essa capacidade para 10 milhões de toneladas em 2016/17.

Nos nove meses encerrados em 31 de dezembro de 2013, período que compreende parte da safra 2013/14, a Tonon teve prejuízo líquido de R$ 196,2 milhões, ante perda de R$ 36,4 milhões no mesmo intervalo de 2012/13. O resultado operacional foi positivo em R$ 33,2 milhões, ante R$ 46,2 milhões de mesmo intervalo de 2012. Na comparação, a receita líquida da empresa aumentou 8,8% e alcançou R$ 569 milhões.

Fonte: Valor Econômico