As sete unidades produtoras da Tereos Açúcar & Energia Brasil deverão moer 22 milhões de toneladas de cana-de-açúcar a partir da safra 2020/21.
O montante é 10% acima da atual capacidade das unidades e reflete os investimentos de R$ 60 milhões recém-anunciados pela companhia sucroenergética, controlada pela Tereos Internacional.
Além de ampliar a capacidade de moagem, os R$ 60 milhões também serão aplicados em equipamentos nas áreas industrial e de cogeração de energia.
No sábado (13/03), a Tereos inaugurou novo armazém de açúcar VHP (Very High Polarization, ou açúcar de polarização muito alta, empregado como matéria-prima para produção de açúcar refinado) da unidade Tanabi (SP).
A capacidade da estrutura é de armazenar 80 mil toneladas de açúcar VHP a granel. O volume, conforme a assessoria de imprensa da Tereos, representa metade da produção de açúcar VHP produzida pela unidade de Tanabi.
O governador Geraldo Alckmin participou do evento de inauguração. Clique aqui e leia mais a respeito.
Confira entrevista ao JornalCana concedida por Jacyr Costa Filho, diretor da região Brasil da Tereos, pouco antes do início do evento em Tanabi:
A unidade Tanabi é a única greenfield da Tereos?
Jacyr Costa Filho – Sim. Inauguramos a unidade Tanabi há exatos 10 anos. Fizemos a primeira safra em 2007, com 450 mil toneladas de cana-de-açúcar com produção exclusiva de etanol hidratado.
Como está hoje a unidade?
Jacyr Costa Filho – Estamos caminhando para moagem de 3 milhões de toneladas na safra 2020/21. Para a safra prestes a começar (2017/18), a previsão é moer 2,3 milhões a 2,4 milhões de toneladas.
Hoje, além de hidratado, fazemos também etanol anidro, açúcar e cogeramos mais de 200 mil megawatts-hora (MWh) por ano.
Comente sobre o armazém agora inaugurado
Jacyr Costa Filho – Ele tem capacidade para armazenar 80 mil toneladas de açúcar VHP a granel, que é o tipo produzido aqui em Tanabi. O armazém é estratégico para a produção dessa unidade a para o aumento da produção de açúcar que pretendemos fazer aqui.
Como era administrado antes o açúcar feito na unidade Tanabi?
Jacyr Costa Filho – Antes o açúcar era tirado e levado diretamente para o Porto de Santos, ou o produto era estocado em armazéns externos. A implantação do armazém agora inaugurado levou dez meses.
Em 2017 o setor sucroenergético brasileiro deverá beneficiar-se com os bons preços do açúcar. Mas o sr. já alertou, em entrevistas anteriores, que em 2018 o cenário mundial para o açúcar não deverá manter-se assim, e será vez do etanol. Como crescer o mercado do etanol?
Jacyr Costa Filho – O governo [federal] tem de reforçar [ações pelo etanol]. Um fato muito importante é o programa RenovaBio, lançado em dezembro de 2016 pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho. É um programa que tem de ser totalmente apoiado pelo setor sucroenergético. [O programa] é um novo Proálcool.
Assista a entrevista clicando aqui.