Durante a 8ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), na sessão “Inovações Corporativas em Sustentabilidade”, realizado na capital paulista nesta quarta e quinta-feira (25 e 26), especialistas abordaram a importância crescente da renovação agrícola e das práticas de descarbonização para o setor.
O foco recaiu não somente sobre as práticas anteriores à produção, mas também sobre a necessidade de integração de toda a cadeia.
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Barbara Sapunar, líder de Transformação de Negócios da Nestlé Brasil, destacou: “Estamos comprometidos em promover a transição para uma agricultura que não só é sustentável, mas também regenerativa”. Ela enfatizou que a Nestlé, sendo o Brasil seu terceiro mercado global, visa alcançar metas de práticas regenerativas até 2050. Barbara acrescentou que essa mudança envolve benefícios socioeconômicos, não sendo apenas uma questão ambiental.
A diretora do Fundo Amazônia da JBS, Andrea Azevedo, também defendeu a urgência da adoção da agricultura regenerativa, destacando que o debate atual transcende a mera sustentabilidade. “As mudanças das últimas décadas realçam a importância de se conectar toda a cadeia produtiva e enfrentar desafios como as mudanças climáticas e o desmatamento”, observou.
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Letícia Kawanami, responsável pela Sustentabilidade da Cargill na América Latina, apresentou um dos projetos da empresa focados na restauração de terras. O objetivo é recuperar 100 mil hectares de florestas nativas até 2027. Ela ressaltou: “Nossa missão é apoiar os agricultores em sua jornada sustentável, conectando produtores a consumidores conscientes”.
Luciana de Campos Breda, da Aurora Coop, compartilhou experiências sobre o Programa Propriedade Rural Sustentável, focado em pequenos produtores. O intuito é capacitar estes produtores para operarem como negócios rurais sustentáveis.
Mônica Pedó, da John Deere, enfatizou o compromisso de longa data da empresa com a sustentabilidade, mencionando a parceria de mais de 15 anos com a Embrapa para uma visão abrangente sobre o assunto.
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Já Rogério Castro, CEO da UPL, trouxe uma perspectiva global, mencionando que, sendo a UPL originária da Índia, vê no Brasil um potencial chave para garantir a segurança alimentar global. Ele mencionou: “Estamos redefinindo a sustentabilidade com foco na agricultura regenerativa”.
Vanessa Amaral, diretora Jurídica, Compliance e Sustentabilidade ABIA e mediadora do evento, concluiu reforçando a capacidade do Brasil em ser um líder global no fornecimento de alimentos, ressaltando a importância de seguir as práticas exemplares apresentadas.