Segundo relatório da Consultoria StoneX, no mês de abril, os contratos com vencimento em maio/23 do #11 em Nova Iorque chegaram a se aproximar dos US¢ 26,00/lb, maior valor desde março de 2011.
O julho/23, por sua vez, testou níveis acima de US¢ 25,00/lb, patamar elevado, e acumula 46,6% de alta no ano de 2023 até o dia 28/abril.
Segundo o relatório, em sua 1ª Estimativa para safra global de açúcar 2023/24, está prevista uma queda da produção açucareira no Centro Sul.
“O Centro-Sul deve ter uma queda na produção açucareira de 3,2% em relação ao ciclo anterior, se posicionando em 37,1 milhões de toneladas no calendário-safra global, mas ainda ficando 14% acima da média de 5 anos, ou seja, na realidade, a oferta não deve ser tão expressiva no comparativo com 2022/23 que fica no contexto de maior disponibilidade de cana e mix “max açúcar“, aponta o documento.
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De acordo com o relatório , “isso deve acontecer pelo fato de que, no médio prazo, a melhora do clima na região e maior produtividade tende a diminuir o ATR e, em 2024, é possível que o Centro-Sul tenha meses com um mix menos voltado ao açúcar em relação às projeções para 2023/24 (abril/março).”
Já a região Norte-Nordeste, por sua vez, deve ter aumento de 0,6% na produção açucareira na próxima safra, chegando a 3,3 milhões de toneladas (bruto), seguindo boas expectativas de moagem e, especialmente, de mix de açúcar, que fica incentivado via preços, assim como na região Centro-Sul, explica o relatório.
Na avaliação da StoneX, em 2023/24, o mercado global de açúcar deve passar por nova safra de superávit entre oferta e demanda, porém ainda com uma série de incertezas no campo produtivo, especialmente no continente asiático – algo que deve impedir que esse saldo seja ainda maior.
Segundo o relatório, o consumo internacional da commodity deve ter alta de cerca de 0,8%, dentro da média das últimas 5 safras, porém a uma taxa de crescimento levemente menor que 2022/23.
Em termos de balanço de O&D global, a StoneX estima, assim, superávit de 1,3 milhão de toneladas de açúcar em 2023/24 (outubro-setembro), maior que o superávit estimado para 2022/23. Com isso, os estoques finais devem crescer para 75,5 milhões de toneladas (+1,7%), fazendo com que a relação estoque/uso aumente para 39,4% (+0,4 ponto percentual), recompondo gradativamente as reservas internacionais