A Consultoria StoneX estima a safra 2022/23 de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil com uma moagem de 565,3 milhões de toneladas, um aumento de 8,1% em relação ao ciclo anterior, reflexo do aumento na produtividade (TCH), favorecida pelo acúmulo do volume de chuvas.
É importante ressaltar, que a taxa de reforma dos canaviais, caso aumente, pode pressionar a extensão da área a ser colhida no Centro-Sul.
De acordo com a consultoria, as chuvas que ocorreram a partir do último semestre de 2021, favoreceram o plantio e desenvolvimento dos canaviais que deverão ser colhidos ao longo da atual temporada.
“Entre os meses de outubro/21 a abril/22, 1.132,6 mm incidiram na ponderação das áreas canavieiras do Centro-Sul, o volume precipitado ultrapassou a média dos últimos 10 anos em 23,7%. Esse acompanhamento climático é fundamental para compreendermos o progresso da lavoura. As precipitações regulares têm contribuído com o desenvolvimento vegetativo da biomassa, favorecendo, assim, o processo de maturação. Por isso, estimamos um aumento de 8,1% na moagem (565.3 milhões de toneladas) em relação ao ciclo anterior, reflexo do aumento na produtividade (TCH), favorecida pelo acúmulo do volume de chuvas. É importante ressaltar, que a taxa de reforma dos canaviais, caso aumente, pode pressionar a extensão da área a ser colhida no Centro-Sul”, destaca a consultoria em sua 4ª Revisão para estimativa de safra 2022/23.
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O documento aponta a expectativa em relação ao ATR médio dos canaviais, que deve se situar em 140,7 kg/t. Com relação ao mix produtivo, projetamos que cerca de 44,8% da matéria-prima processada seja destinada à produção de açúcar entre abril/22 e março/23. Embora as incertezas acerca do mercado de petróleo possam conferir suporte aos preços domésticos de combustíveis, as fixações de açúcar para exportação se mostram avançadas. Até o momento, mais de 76% da produção se encontra fixada na ICE/NY, contra 86% no ciclo anterior.
Segundo a StoneX a produção de açúcar em 2022/23 deve se situar em 33,9 milhões de toneladas, representando alta anual de 5,8%. A destilação de etanol de cana, por sua vez, é projetada em 25,8 milhões de m3 (+7,0%). Especificamente, 16,5 milhões de m3 de hidratado (+16,4%) e 9,3 milhões de m3 de anidro (-6,4%) devem ser fabricados no acumulado da temporada.
Para a consultoria a produção de etanol de milho deve continuar apresentando crescimento nesse novo ciclo, apesar do clima na região Centro-Oeste estar prejudicando algumas áreas do Mato Grosso e Goiás, a destilação do biocombustível ainda apresenta uma margem considerável às usinas, sendo assim, estimamos uma produção de 4,2 milhões de m3 (+20,7%), sendo 3,1 milhões de hidratado (+23,9%) e 1,1 milhão de m3 de anidro (+8,7%).