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StoneX estima moagem de 592,1 milhões de toneladas na safra 2023/24

Produção de açúcar deve crescer 7,2% nesta nova temporada

StoneX estima moagem de 592,1 milhões de toneladas na safra 2023/24

A StoneX do Brasil elevou suas estimativas de produtividade para a safra 2023/24 considerando que o TCH deverá chegar em 76,7 t/ha, crescimento de 5,0% em relação ao projetado para a safra 2022/23.

Além disso, considerando um atraso na colheita do ciclo corrente, devido ao excesso de chuvas que incidiram na região no terceiro trimestre de 2022, a consultoria estima um crescimento de 1,9% na área a ser colhida, totalizando 7,77 milhões de hectares.

Desse modo, a expectativa para a moagem no Centro-Sul é de 592,1 milhões de toneladas, podendo representar aumento anual de 6,2%, se aproximando do recorde produtivo da região, que ocorreu no ciclo 2020/21, quando o setor registrou um processamento de 605,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

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A oferta de açúcar deve totalizar 36,8 milhões de toneladas (+7,2%), ao passo que a destilação de etanol de cana é estimada em 25,8 milhões de m³ (+3,5%). Especificamente, com uma produção de hidratado em 15,6 milhões de m³ – avanço safra-a-safra de 9,8% – enquanto 10,2 milhões de m³ de anidro devem ser ofertados pelas usinas do Centro-Sul (-4,9%).

“Em meio aos registros e às expectativas climáticas que apontam para um crescente volume de chuvas na região, estima-se que o ATR médio das lavouras apresente uma retração frente ao estimado para a temporada 2022/23, na ordem de 1,0%, chegando a 139,6 kg/t”, explica a consultoria.

A consultoria estima que 46,7% do volume de biomassa processada deverá ser destinado à produção do adoçante, enquanto 53,3% deverão ser direcionados para a fabricação de etanol.

O consumo de Ciclo Otto deve crescer 1,1% e, considerando uma recuperação da competitividade do etanol, estimou-se um share do hidratado de 26,5% – crescimento de 2,7 pontos percentuais em relação ao valor estimado para o ciclo atual. Todavia, mesmo com a recuperação, a participação de mercado do hidratado deverá permanecer menor no comparativo com a média das últimas 5 safras.

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Já a produção de etanol de milho terá expansão de 29,5%, totalizando 5,7 milhões de m³. “Se concretizada essa estimativa, o etanol produzido a partir do milho terá uma participação de 18,1% no total, cerca de 3,0 pontos percentuais acima do projetado para a safra 2022/23”, ressalta a consultoria.

Dessa forma, a produção total do biocombustível totaliza 31,5 milhões de m³, alta de 7,4% frente ao volume estimado pela StoneX na safra 2022/23.

Quanto à temporada 2022/23 do Centro-Sul deve encerrar em 557,5 milhões de toneladas. A produção de açúcar em 34,3 milhões de toneladas, crescimento de 7,0% no comparativo anual. A destilação do etanol de cana, por sua vez, ficou projetada em 25,0 milhões de m³, sendo especificamente 14,2 milhões de m³ de hidratado e 10,7 milhões de m³ de anidro – crescimento anual de 0,5% e 8,1%, respectivamente.

A projeção de produção do biocombustível derivado do milho registrou uma leve retração, passando de 4,5 para 4,4 milhões de m³ – detalhadamente em 2,6 milhões de m³ de hidratado (6,6%) e 1,8 milhões de m³ de anidro (78,0%). Caso essa projeção de concretize, o etanol de milho passará a ter um share de mercado de 14,9%, em 2022/23, avanço de aproximadamente 2,2 pontos percentuis em relação à participação de 2021/22.