Sem uma política pública bem clara, não será possível produzir mais bilhões de litros de etanol a partir de 2030, como previsto pelo Acordo de Paris (COP-21) caso o Brasil opte em cumprir suas metas por meio do biocombustível.
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A afirmação foi feita pelo empresário Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do Conselho de Administração da Raízen, durante painel no evento Ethanol Summit, na tarde de segunda-feira (26/06), na capital paulista.
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O painel teve por tema “O Setor Sucroenergético e a Retomada Econômica.”
“Enquanto não tivermos uma política para o setor bem clara, o setor de etanol não irá crescer”, afirmou Ometto. Segundo ele, “todo mundo é a favor do etanol, mas ninguém quer pagar nada [pelas externalidades do biocombustível]”.
Para cumprir os compromissos do País na COP-21, haverá, em 2030, um déficit de 30 bilhões de litros de etanol. Para produzir bilhões de litros de biocombustível, será preciso investir em novas plantas produtoras.
“Mas será preciso uma política bem clara para isso”, disse Rubens Ometto. “Mas até que haja consolidação do setor, não haverá greenfield.”
Segundo o empresário, hoje é possível comprar uma usina por entre US$ 40 a US$ 50 a tonelada de cana instalada.