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Setor quer tributação sobre etanol americano

Unica e Sindaçúcar divergem quanto a porcentagem da tarifa de importação do etanol de milho — Foto: Alessandro Reis
Unica e Sindaçúcar divergem quanto a porcentagem da tarifa de importação do etanol de milho — Foto: Alessandro Reis

A importação de etanol americano em plena safra de cana no Nordeste fez com que os representantes locais buscassem medidas para coibir a ação. Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar – Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco, é um dos que se colocam contra a compra de etanol estrangeiro.

“Todo tipo de álcool tem chegado, principalmente em plena safra do Nordeste, com portos mais próximos dos EUA. Essas importações, quando sobra milho nos EUA, vêm ocorrendo sem aferimento de qualidade, uma vez que não é etanol avançado”, explica.

Cunha, que também é vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, diz que o setor formalizará junto ao Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o pedido da inclusão da tarifa de 20% sobre o produto importado. “Esse protecionismo é como agem os americanos no seu mercado interno de açúcar, por exemplo, que é fechado. Quando importam, o valor é pequeno”.

Atualmente, o etanol, cuja alíquota é de 20%, encontra-se na lista de alíquota zero, o que facilita o comércio. “Somos contra o álcool americano de milho, já subsidiado, ocupar espaço de vendas do produto nacional que gera emprego e renda no campo”, finaliza.