
O Governo Federal apresentou nesta quarta-feira (17), no Palácio do Planalto, o Plano Safra 2020/2021, que contará com R$ 236,3 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de R$ 13,5 bilhões em relação ao plano anterior.
“Desse total, R$ 179,4 bilhões são para custeio e comercialização e R$ 57 bilhões para investimentos nos diversos setores produtivos do agro. São valores que foram corrigidos muito acima da inflação do período”, destacou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, em discurso no lançamento do programa.
“Nessa pandemia, o campo não parou. Essa região fez com que a alimentação não cessasse nas cidades”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, que elogiou o setor agropecuário como motor da economia.

A subvenção ao prêmio do seguro rural teve um acréscimo de 30% no valor, chegando a R$ 1,3 bilhão, o maior montante desde a criação do seguro rural. O valor deve possibilitar a contratação de 298 mil apólices, num montante segurado da ordem de R$ 52 bilhões e cobertura de 21 milhões de hectares.
Projetos sustentáveis

Também há incentivos à adoção de tecnologias relacionadas aos bioinsumos dentro das propriedades rurais e por cooperativas agrícolas. Para as cooperativas, as linhas de crédito é o Prodecoop, para a aquisição de equipamentos para a produção dos bioinsumos. Outra novidade é o Pronaf-Bio, voltado para apoiar as cadeias produtivas da bioeconomia.

Apoio ao setor canavieiro

“As usinas e produtores de cana-de-açúcar e seus produtos terão acesso a recursos do Plano Safra para formar estoques e conseguir negociar em uma melhor condição de mercado”, disse Sampaio.
De acordo com o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético o acesso ao dinheiro poderá ser feito no montante destinado a custeio e comercialização, que é de R$ 179 bilhões, dos quais R$ 102 bilhões terá juros controlados e o restante juros livres.
“Temos a linha do BNDES, que são R$ 3,5 bilhões destinada à warrantagem e agora a linha de comercialização genérica que foi estabelecida no Plano Safra. Essa linha pode ser acessada por diferentes produtos, inclusive pelo etanol. Ela vai reforçar a linha de estocagem do etanol no limite de R$ 65 milhões por usina e poderá ser acessada pela cana ou outro produto”, explicou.
Juros altos para equipamentos
O parlamentar frisou ainda que o crescimento do volume de recursos de 6,5% em relação ao Plano Safra do ano passado é justo diante do papel que tem o segmento. “A economia no 1º trimestre diminuiu 1,5%, o agro é o único que foi positivo”, disse.

“Vamos continuar trabalhando para melhorar os recursos e as taxas de juros, além de fazer com que o dinheiro chegue efetivamente ao produtor”, concluiu.