São Martinho quer limitar produção de etanol em unidades paulistas

Com três usinas no Estado de São Paulo e uma em Goiás, o Grupo São Martinho, investe para que a partir do próximo ano, suas três unidades paulistas produzam apenas etanol anidro e açúcar. Segundo o CFO da empresa, Felipe Vicchiato, um dos objetivos da medida é diminuir o impacto da volatilidade do preço do etanol hidratado.

Segundo a companhia, o mix de produção vai depender das condições de mercado, embora o momento favoreça o anidro, que é misturado em proporção de 27% na gasolina, que por conta das recentes mudanças tributárias, teve seu preço reduzido e está mais competitiva do que o álcool na maior parte do país.

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Com relação ao açúcar, Vicchiato disse que o setor tem conseguido prêmios 30% superiores com a venda do alimento ao invés de etanol, uma vez que o preço do biocombustível caiu na esteira da queda das cotações do petróleo e das reduções tributárias.

Vicchiato avalia que a tendência é de preços globais favoráveis ao açúcar, puxados pela política do governo indiano, que pretende elevar a mistura de etanol na gasolina até 2025. “Quando olhamos o prêmio, o setor consegue 30% a mais na venda de açúcar”, disse o executivo.

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“Essa agenda da Índia, em misturar o etanol à gasolina, deve fazer com que os preços do açúcar fiquem em patamar bastante remunerador para o setor. “O açúcar está em um vento a favor e está bem remunerador para o mercado brasileiro”, acrescentou.