R$ 110 a R$ 120 por tonelada de cana. Esta deveria ser a média de endividamento das usinas de cana-de-açúcar, segundo o banco Santander.
“Mas essa média está longe da realidade das usinas”, disse Carlos Aguiar, executivo do banco, durante apresentação na Conferência Datagro, na capital paulista, na terça-feira (18/10).
Segundo Aguiar, o cenário do setor sucroenergético nos próximos dois anos é positivo, devido principalmente ao mercado mundial de açúcar, que registra déficit.
Para confirmar sua projeção, a consultoria Datagro prevê que o déficit do adoçante deverá alcançar 16 milhões de toneladas até 2018.
Apesar do quadro positivo, o representante do banco espanhol disse no evento que é um desafio as usinas reduzirem o peso atual de suas dívidas. Isso, comentou, devido ao grande peso do endividamento das usinas.
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Em respostas aos participantes do evento da Datagro, o executivo do Santander reforçou que o importante é o teto do endividamento individual das usinas. “Estamos acima dos R$ 120 por tonelada e estamos ao lado das usinas para traze-las para um endividamento mais sustentável”, disse.