Carlos Roberto Ravanelli Ferreira, gerente Administrativo/Financeiro da Baldin Bioenergia S. A., explica, em entrevista ao JornalCana, como a companhia sucroenergética empreende a safra de cana-de-açúcar 2017/18.
A empresa, que está em recuperação judicial, controla duas unidades produtoras no município de Pirassununga (SP).
Como está a 17/18 para a Baldin?
Carlos Roberto Ravanelli Ferreira – A Baldin realiza a safra em uma das unidades. A unidade São Pedro está com a produção suspensa.
Por que?
Ravanelli Ferreira – Por falta de cana-de-açúcar. Essa unidade, localizada há 15 quilômetros da unidade Baldin, tem capacidade para 450 mil toneladas de cana por safra.
A cana destinada a essa unidade vai para a Baldin?
Ravanelli Ferreira – Como falta cana no mercado total, centralizamos a matéria-prima toda na Baldin, que tem capacidade para moer 1,7 milhão de toneladas de cana por safra.
Como foi a safra 16/17 para a Baldin?
Ravanelli Ferreira – A moagem ficou abaixo da capacidade, por vários fatores, como falta de investimento, clima. Os mesmos fatores que também afetaram outras unidades. Moemos 1,5 milhão de toneladas.
E a produção?
Ravanelli Ferreira – Mais açúcar do que etanol. Já é uma tradição. Voltamos a produzir etanol em 2016, depois de sete anos sem fazer biocombustível.
Quanto foi produzido?
Ravanelli Ferreira – 25 milhões de litros de hidratado. [A capacidade de produção de açúcar é de 143 mil toneladas]
E a moagem da 17/18?
Ravanelli Ferreira – Iremos repetir a moagem de 1,5 milhão de toneladas, com 25 milhões de litros de hidratado.
A empresa então irá moer abaixo da capacidade em 300 mil toneladas?
Ravanelli Ferreira – Faltam 300 mil toneladas de cana para preencher a capacidade total da unidade, além de outras 400 mil toneladas da São Pedro.
Qual é o plano futuro?
Ravanelli Ferreira – Moer 2,1 milhões de toneladas. Chegamos a moer esse montante em 2013.
Quanto de cana é própria e de terceiros?
Ravanelli Ferreira – Hoje temos 40% de cana própria. A proposta é ampliar esse percentual para 60, 70%.
Como vai a recuperação judicial?
Ravanelli Ferreira – Vai bem, dentro das expectativas. Estamos cumprindo o que está previsto no plano.
A Baldin possui contrato de geração de bioeletricidade com a CPFL. Como está?
Ravanelli Ferreira – Vai bem. O contrato vence em 2025, no qual entregamos energia excedente como pré-pagamento referente ao investimentos realizados. E a partir de 2025 a estrutura passa para a Baldin.