Usinas

Saiba como está a safra no Paraná

Tranin: cana bisada fará a 16/17 começar antes
Tranin: cana bisada fará a 16/17 começar antes

A exemplo do que ocorre no Estado de São Paulo, as chuvas também afetam a safra 2015/16 das usinas do Estado do Paraná.

Em entrevista do Portal JornalCana, Miguel Rubens Tranin, presidente da Bioenergia, instituição que representa a Alcopar, Sialpar, Siapar e Sibiopar, explica o que deve acontecer com a safra vigente no setor sucroenergético parananese.

Tranin falou ao JornalCana na tarde desta segunda-feira (06/07), no primeiro dia do evento Ethanol Summit, na capital paulista.

JornalCana – Como está a safra 15/16 no Paraná?

Miguel Tranin – Por tradição, o setor sucroenergético paranaense começa a safra mais cedo em relação, por exemplo, ao Estado de São Paulo. Como temos um inverno característico e, com variedades mais precoces, começamos [a moer] mais cedo. Por que? Porque sempre temos mais chuvas que os outros estados. E para tentar contornar essa situação de chuvas, começa-se mais cedo para tentar aproveitar melhor o tempo de moagem.

JornalCana – E o que está previsto para este ano?

Miguel Tranin – O efeito El Niño está instalado. Isso significa maior ocorrência de chuvas. Um exemplo ocorreu nos últimos dias, onde em algumas regiões choveram 150 mililitros em três dias. E onde choveu pouco, choveu 80 mililitros.

 JornalCana – Quantas unidades moem na safra 15/16?

Miguel Tranin – 25 unidades.

JornalCana – Detalhe as previsões, por favor

Miguel Tranin – Prevemos moer 43 milhões de toneladas de cana, produzir 3 ou 3 e poucos milhões de toneladas de açúcar, e 1,5 bilhão de litros de etanol.

JornalCana – Repete o desempenho da 14/15?

Miguel Tranin – Deve repetir. Mesmo que chova muito, eu acredito que esta safra deverá seguir até o dia 23 de dezembro e a moagem retornará muito cedo. Lembrando que deverá ficar cana bisada.

JornalCana – Como está o índice de corte mecanizado no Paraná?

Miguel Tranin – Cerca de 35% do corte já é mecanizado [o que favorece o corte mesmo com chuvas, ao contrário do Estado de São Paulo, onde a mecanização passa de 90% e as operações de corte são interrompidas com chuvas]