A moagem acumulada da safra 2021/22 de cana no Centro-Sul atingiu a marca de 523,11 milhões de toneladas, encerrando o ciclo agrícola com retração de 13,6% frente à safra 2020/21.
“O estado de São Paulo corresponde à maior retração registrada na região Centro-Sul, em que a queda em relação ao ciclo agrícola anterior foi de 16,5%. Desse percentual, 1,38% refere-se à redução da área colhida e 15,12% à queda de produtividade da lavoura”, explica o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.
Rodrigues acrescenta que “essa redução na produtividade é consequência do veranico prolongado nas regiões produtoras, das geadas que atingiram mais de 10% da área de colheita e dos focos de incêndio no mês de setembro”.
A produção acumulada de etanol atingiu 27,55 bilhões de litros (-9,31%). Compõe esse número a fabricação de 10,91 bilhões de litros de etanol anidro (+12,57%) e 16,64 bilhões de litros de etanol hidratado (-19,55%).
A parcela do produto fabricada a partir do milho totalizou 3,47 bilhões de litros, com avanço de 34,33% em relação à safra 2020/21. Se considerada apenas a produção de etanol de cana-de-açúcar a redução foi de 13,36% em relação à safra 2020/21.
LEIA MAIS > Czarnikow aumenta estimativa de moagem de cana no Centro-Sul em 2022/23
Quanto à produção de açúcar, a safra 2021/22 se encerra com 32,06 milhões de toneladas fabricadas do alimento (-16,64%).
A segunda metade de março contou com 25 unidades produtoras em operação, sendo 16 usinas de cana e nove empresas que produzem etanol a partir do milho. No mesmo período, na safra 2020/21, havia 37 unidades industrial processando cana e 10 UPs fabricando etanol de milho.
Rodrigues comenta que “o menor número de unidades na segunda quinzena de março e na primeira de abril é consequência dos eventos adversos da safra 2021/22, que têm levado as unidades à atrasarem o início da colheita com a expectativa da melhora da produtividade agrícola e qualidade da matéria-prima”.