Roraima deve ganhar miniusina experimental de etanol a partir do processamento da batata-doce. A implantação depende da aprovação de projeto pelo Governo do Estado.
O secretário estadual de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos do governo de Roraima, João Pizzolatti, se reuniu na semana passada com representantes do Gratt Indústria de Máquinas, grupo empresarial focado na área de biocombustíveis, para tratar sobre a instalação da miniusina.
A expectativa é que a partir da aprovação, o projeto entre em operação em até 12 meses.
Conforme informações colhidas junto a Secretaria de Comunicação do governo de Roraima:
1 – O projeto inicial prevê capacidade de produção de cinco mil litros de etanol por dia, consumindo cerca de 31 toneladas de batata-doce do tipo “Duda”, desenvolvida no estado de Tocantins e que possui cerca de 32% mais amido que as demais variedades, o que reflete diretamente em ganhos na produtividade com redução de perdas.
2 – O etanol produzido será utilizado na fabricação de combustíveis e geração de energia, podendo ser vendido para distribuidoras de combustíveis, concessionárias de energia elétrica, ou até mesmo, utilizado para abastecer a frota de veículos do próprio governo, gerando economia para o Executivo.
3 – Já os resíduos da produção serão usados para ração animal.
4 – O projeto irá beneficiar diretamente, pequenos e médios produtores com áreas a partir de 30 hectares, que poderão produzir a batata Duda para a produção do biocombustível, chegando a 80 toneladas de batata por hectare. O tempo de cultura pode variar de quatro a sete meses, possibilitando até duas colheitas por ano.
Clima propício
Além disso, as condições climáticas de Roraima criam o cenário ideal para a cultura da batata, segundo o representante do grupo empresaria Gratt, Eleandro Gaio.
“Roraima possui uma grande vantagem em relação a outras regiões devido ao seu solo arenoso, onde a batata se adapta muito bem. Além disso, a alta luminosidade contribui ainda mais. São uma hora e quarenta minutos a mais de sol todos os dias, o que impacta diretamente no aumento da produção”, disse, segundo a Secretaria de Comunicação.