Usinas

Roberto Rodrigues se mostra otimista com diálogo com governo

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"Estou otimista, com esperança, porque o Mercadante um homem sério; mas ainda não estou contente"

Há cerca de um mês, quando o presidente do conselho deliberativo da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Roberto Rodrigues, e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniram, a relação entre o setor sucroenergético e o governo federal melhorou. É o que disse o ex-ministro da Agricultura em entrevista à Agência Estado, nesta semana. “Estou otimista, com esperança, porque o Mercadante é um homem sério; mas ainda não estou contente. Ainda estou pagando para ver”, disse Rodrigues.

O representante explicou que até a entrada de Mercadante nas negociações com o setor, as conversas se restringiam ao campo técnico. Desde o encontro, o debate avançou. “A entrada de Mercadante no processo abriu uma frente de negociação clara e positiva. O fato de ele ligar para mim para desmentir a notícia do aumento da mistura (do etanol à gasolina) para 26%, e de me chamar para uma conversa mostram que o governo engatou uma marcha diferente da que tinha até agora. Se ela vai chegar a uma estação adequada, veremos”, afirmou.

O presidente do conselho deliberativo da Unica aproveitou a reunião para entregar ao governo o pleito antigo do setor, no qual cobra uma definição clara do segmento na matriz energética brasileira. “O problema do setor é de renda e de definição do papel na matriz energética. Não adianta, por exemplo, fazer um Proer (programa de recuperação para usinas com renegociação de dívidas), se as usinas não têm renda para pagar uma renegociação”, explicou.

Entre os pleitos apresentados ao governo estavam, também, o aumento da mistura do etanol anidro à gasolina, de 25% para 27,5%, o reajuste da gasolina e o retorno da Cide – Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico sobre o combustível fóssil.