Usinas

Reduza a contaminação em dornas através de uma assepsia especializada

Um recurso muito utilizado para o controle de contaminação nas dornas é o uso de antibióticos

Reduza a contaminação em dornas através de uma assepsia especializada

Na fermentação para a produção de etanol, as impurezas do mosto, a formação de espumas e os antiespumantes aplicados contribuem para a incrustação das dornas, o que gera riscos de contaminação por bactérias pela formação de biofilmes. Esses microrganismos multiplicam-se muito rápido e, com o tempo, pode ocorrer uma seleção resistente aos antibióticos. Assim, a produção de etanol e a vitalidade da levedura são prejudicadas.

Uma assepsia rápida e especializada dos tanques de fermentação é necessária. Assim, a incrustação diminui em toda a dorna: fundo, paredes e teto e a contaminação não passa entre as bateladas. Com isso, é possível economizar no uso de ácidos e antibióticos, aumentando a eficiência da fermentação.

Os lavadores automáticos, como o TankJet® AA290 com 4 bicos, geralmente são os mais recomendados, mas cada tanque exige análise de posição, quantidade e vazão. Por terem acionamento elétrico ou pneumático toda pressão é aplicada ao processo de limpeza.

LEIA MAIS > Motor híbrido amplia as perspectivas do etanol no processo de eletrificação

Ao utilizar um lavador adequado pode-se ganhar até 1 batelada por dia a depender do seu processo produtivo, o que representaria um bônus aproximado de 5% de etanol produzido diariamente, além da economia de água e vapor na destilação.

Lavadores são aliados aos antibióticos sobre a contaminação

 Um recurso muito utilizado para o controle de contaminação nas dornas é o uso de antibióticos. Para analisar o efeito sobre a contaminação, foi realizado um experimento com 4 tratamentos, variando a concentração de produto em relação ao volume de vinho bruto.

Os resultados apresentados evidenciam que ao adicionar diferentes concentrações de antibiótico a contaminação foi reduzida proporcionalmente. Concomitante, houve o ganho de aproximadamente 0,8% no teor alcoólico do vinho no tratamento que recebeu a adição de 7 ppm de antibiótico. Esse valor representa 700 mil litros de etanol, quando considerada uma produção de 500 m³/dia e uma safra de 180 dias.

Os resultados do experimento foram comparados com dados obtidos na prática em uma usina assistida pela Fermentec. Nele, é mostrado o impacto da utilização de lavadores de dorna sobre a contaminação.

LEIA MAIS > Chegou a vez do gás verde?

O gráfico mostra a queda da contaminação do vinho após a instalação de lavadores especializados. É possível observar que após a instalação a contaminação caiu bruscamente e mais ainda após a lavagem de todas as dornas. A linha em verde representa a contaminação no mosto e, apesar do aumento progressivo da contaminação, a lavagem das dornas possibilitou manter a contaminação do vinho controlada evitando que se propagasse nas próximas bateladas.

Esta matéria faz parte da ediçao de março/abril Jornal Cana. Para ler, clique AQUI!