O governo colombiano tentou implementar uma reforma tributária para equilibrar o impacto econômico da COVID-19, mas a proposta foi rejeitada pela população e resultou em uma greve nacional que vem impactando a produção de açúcar do país.
De acordo com a Czarnikow a produção do alimento está atualmente suspensa em Cali, a principal região açucareira da Colômbia. Diante desse cenário, o país não tem açúcar suficiente para atender à demanda interna.
Como resultado, os preços domésticos estão subindo e se aproximando do máximo em um ano. Porém, de acordo com a trading britânica, a elevação dos preços começou no final de fevereiro, quando a estação chuvosa da Colômbia chegou dois meses antes do normal.
“Durante os dias de chuva é mais difícil entrar no campo e colher cana suficiente para enviar para a indústria, portanto, um período chuvoso mais longo significa que essas questões logísticas prevalecem por ainda mais tempo e enfraquecem o fornecimento em maior extensão”, afirma.
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As greves também afetam as exportações de açúcar, pois as estradas foram fechadas pelos grevistas, impedindo que o alimento seja transportado para os portos. Algumas estradas são destinadas ao uso exclusivo de bens essenciais, no entanto.
“É difícil saber por quanto tempo essa situação vai durar, mas os países mais afetados por isso serão Peru, EUA, Chile e Haiti. No entanto, não deve terminar em junho porque a região se encontra em estado de crise, o que exige uma intervenção imediata”, conclui a Czarnikow.