O mês de abril marcou uma temporada de recordes no comércio exterior brasileiro. A começar pelo superávit de US$ 10,35 bilhões – o maior valor absoluto na comparação com qualquer mês do ano, considerando toda a série histórica iniciada em 1997 –, impulsionado por um crescimento de 67,9% em relação a abril de 2020, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, divulgados no período da tarde desta segunda-feira,
O maior superávit até então havia sido registrado em julho do ano passado, de US$ 7,6 bilhões. As exportações também bateram recorde, com aumento de 50,5%, somando US$ 26,48 bilhões. Nesse caso, o maior valor anterior era o de agosto de 2011, com US$ 20,08 bilhões.
O crescimento das exportações em abril ocorreu em todas as categorias, com aumento mais expressivo na Indústria Extrativa, chegando a US$ 6,46 bilhões (+73,2%). Na Agropecuária, as vendas atingiram US$ 8,23 bilhões (+44,4%) e, na Indústria de Transformação, a marca foi de US$ 11,66 bilhões (+43,9%).
Açúcares e melaço contribuíram para os resultados, já que o país exportou em abril 1,904 milhão de toneladas dos produtos, o que representa 25,67% a mais do que em igual mês de 2020, quando foi embarcado um total de 1,515 milhão de toneladas. Porém, o volume é 3,62% menor do que 1,975 milhão de toneladas exportado em março de 2021. A receita obtida com a exportação total do setor em abril foi de US$ 615,589 milhões, 38,52% superior aos US$ 444,396 milhões obtidos no mês de abril do ano passado.
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O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, explicou que esse aumento das vendas externas se deve tanto à alta dos preços quanto à dos volumes exportados. “Até março, o principal fator que explicava o aumento das exportações era o preço. Com o aumento das quantidades, chegou-se a esse bom resultado, de valor recorde exportado de mais de US$ 26 bilhões no ano.”
Em relação aos destinos, aumentaram em 55,1% as vendas para a China, mas Brandão salientou que a alta foi registrada para toda a Ásia, a exemplo do Japão, que comprou 36% a mais do Brasil no mês passado. Para os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), a alta foi de 53% e, para a Coreia, de 43,6%.
Em abril, o Brasil também vendeu mais para a Argentina (+88,2%), totalizando US$ 900 milhões, enquanto para os Estados Unidos (+33,7%) foram US$ 2,32 bilhões e para a União Europeia (+37%) as vendas totalizaram US$ 3,45 bilhões