76 milhões de toneladas de cana processadas na safra 2021/22. 6,2 milhões de toneladas de açúcar fabricado. Produção de 3,5 bilhões de litros de etanol. 2,9 TWh de eletricidade gerada, a partir do processo de cogeração da biomassa. R$ 10,7 bilhões de EBITDA combinado e consolidado ajustado. Esses são alguns dos números constantes da 11ª edição do Relatório de Sustentabilidade 2021/22 da Raízen.
O presidente da Raízen, Ricardo Mussa destacou que no ano safra de 2021/22 a empresa fez um dos maiores IPOS da história da B3. “Finalizamos com sucesso a integração da Biosev momento importantíssimo que elevou nosso patamar de intensidade energética aumentando em 50% a nossa capacidade de produção de etanol. Nesse último ano, também incorporamos novas fontes de energia renovável no nosso portfólio, com a aquisição da Gera. Ingressamos no mercado brasileiro de lubrificantes e passamos a operar os ativos da Shell no Paraguai. E tudo isso, comemorando uma safra com zero fatalidades. Reforçando mais uma vez, a segurança com valor inegociável”, afirmou Mussa.
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A vice-presidente de estratégia de sustentabilidade, Paula Kovarsky, falou sobre a capacidade de inserção da empresa nos mercados globais.
“Acessamos os mercados cada vez mais criteriosos, no Brasil e no mundo, porque temos quase 100% da nossa matéria-prima rastreada e coberta por programas de sustentabilidade, reconhecidos internacionalmente como Bonsucro e o Programa Elo. Sempre investimos em sustentabilidade e agora estamos conseguindo traduzir esse trabalho em recursos financeiros, seja através do reconhecimento dos atributos sustentáveis dos nossos produtos renováveis, seja captando recursos financeiros através de sustentability-Linked Debêntures, que nos permitiram fazer muito mais”, disse.
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Com relação às metas de descarbonização da empresa, Kovarsky afirmou que até 2030 um dos objetivos é foco total na década da ação. “As metas relacionadas aos compromissos com as mudanças climáticas e de transição energética são ampliar para 80% a produção e a oferta de energia renovável, aumentar nossa eficiência, dobrando a meta de redução da pegada de carbono do processo produtivo de etanol para 20%.
Com a oferta maior e mais eficiente, ter 80% do EBITDA ajustado da empresa oriundo de negócios de renováveis; e além disso reduzir em 10% a intensidade de carbono do uso dos nossos produtos, e tudo isso até 2030”, informa Kovarsky.
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Segundo dados do relatório, a Raízen já evitou cerca de 30 milhões de toneladas de CO2, por meio de seus produtos, desde 2011. E tem como meta ampliar o potencial de descarbonização do seu portfólio para mais de 10 milhões de toneladas de CO2 evitado ao ano.
Mussa se mostrou otimista com os números alcançados e vê perspectivas melhores e maiores adiante. “Eu tenho muito orgulho de ver tudo o que já alcançamos, mas a empolgação é muito maior quando vejo o que ainda vem pela frente. Estamos firmes rumo ao objetivo de ter 20 plantas de etanol de segunda geração até 2030.
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Esse ano já iniciamos a construção da nossa segunda planta, que será instalada junto ao parque de Bioenergia Bonfim. Além disso, já iniciamos no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, as obras da nossa segunda planta de biometano”, informou.