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Raízen começará a construir em 2016 sua segunda planta de etanol celulósico

Raízen começará a construir em 2016 sua segunda planta de etanol celulósico

A Raízen Energia, maior processadora de canade-açúcar do país, pretende iniciar em junho de 2016 a construção de sua segunda planta de etanol celulósico. Segundo João Alberto Abreu, diretor agroindustrial da empresa, a unidade deverá ser ao menos três vezes maior que a primeira planta, apresentada ontem à imprensa em evento em Piracicaba, no interior paulista. O projeto da segunda unidade prevê uma capacidade de 120 milhões de litros anuais, ante os 40 milhões de litros da primeira usina.

Nos cálculos da companhia, os investimentos por metros cúbicos de capacidade instalada nas próximas unidades do gênero – serão mais sete – tendem a ser até 30% inferiores que os da primeira. O custo operacional, afirma Abreu, também deverá ser 20% menor. “Teremos em 2016 enzimas [substâncias usadas no processo de extração do açúcar da celulose] duas vezes mais produtivas do que as atuais”, afirma o executivo.

Pedro Mizutani, vice-presidente da Raízen Energia, afirmou que, por ora, o crescimento da produção de etanol da companhia, que é controlada por Cosan e Shell, se concentrará no celulósico. No total, os aportes nas sete novas plantas previstas até 2024 deverão chegar a R$ 2,5 bilhões. “Ainda não sabemos a origem desses recursos. Mas, para bons projetos, não falta dinheiro. Acreditamos que o BNDES continuará nos apoiando”, afirmou Mizutani. A primeira fábrica de etanol celulósico da Raízen iniciou a produção em 28 de novembro e está operando com cerca de 50% de sua capacidade. Até agora, foram produzidos em torno de 500 mil litros do biocombustível a partir dos açúcares do bagaço da cana e, ontem, o produto começou a ser vendido em um posto de combustível no centro de Piracicaba. “Estamos produzindo, primeiramente, o hidratado usado diretamente no tanque dos veículos]. Mas, a partir da próxima safra, vamos produzir apenas anidro a partir da celulose da cana”, afirmou Mizutani.

(Fonte: Valor Econômico)