Durante o “II Encontro Técnico: Produtividade – A essência Para Competir”, que está sendo realizado em Piracicaba – SP, o diretor agrícola da Raízen, Ricardo Lopes, enfatizou a aposta do grupo na ampliação de suas unidades na fabricação do etanol de segunda geração, o E2G.
Um consenso durante o encontro foi a necessidade de aumento de eficiência e, também de produtividade, seja através de novas tecnologias, variedades de cana, qualidade da matéria-prima, manejo, entre outros investimentos.
“Antigamente a gente era usina de açúcar; veio o Pro-Álcool, e houve uma política de incentivo ao etanol. Depois tivemos a onda da geração de energia elétrica, e agora, viramos um bioparque de energia. Hoje temos trabalhado em energia. A cana, a biomassa, a palha, o bagaço, vai ser tudo transformado em energia ou a gente vai fazer o E2G”, informou Lopes.
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Lopes reforçou que dentro da Raízen as plantas de E2G já são uma realidade e que cada planta nova tem capacidade para 80 milhões. “Na planta da Costa Pinto, em Piracicaba SP, já rodamos 30 milhões de litros de etanol de segunda geração. A previsão é que a planta do Parque de Bioenergia Bonfim (Guariba -SP) comece a operar no segundo semestre deste ano e as plantas do Parques de Bioenergia Univalem (Valparaíso – SP) e Barra (Barra Bonita – SP) sejam entregues em 2024″, disse.
Lopes enfatizou que a grande pegada do E2G é que, em comparação com o petróleo, o etanol é um combustível limpo, porém, é calculado na calculadora, o consumo do diesel para levar a cana até a usina. Ele explicou ainda que dos 44% de fertilizantes e defensivos usados pela companhia, 36% são fertilizantes químicos à base de nitrogênio e 10% a base de calcário.
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“Assim a gente é quase zero comparado ao petróleo. No E2G você tem pegada zero, porque não tem o consumo desses produtos, portanto é um combustível limpo e já é uma realidade”, disse Lopes.
“Com relação à produtividade, fechamos a última safra, em março, com uma moagem de 73 milhões de toneladas de cana. Esse ano, inicialmente, a estimativa era (moer) 77 milhões, mas já estamos trabalhando com uma perspectiva de 80 milhões (de toneladas de cana). Então, dentro dessa jornada, a empresa entendeu que precisamos produzir o máximo possível”, destacou o diretor da Raízen.