Os governos de Uganda e Quênia, na África, concordaram em encerrar, depois de dois anos, um impasse comercial entre ambos. Foi anunciado, esta semana, que Uganda já pode solicitar licenças e começar a exportar açúcar para o Quênia, de acordo com o jornal “Observer” de Uganda.
O problema começou em 2011, quando Uganda estava passando por uma aguda escassez de açúcar e por isso foi autorizado a importar açúcar isento de impostos para cobrir os danos. O problema é que Uganda aproveitou a chance para importar mais do que necessário e revendê-lo como produto próprio, inclusive para o Quênia novamente, usando o protocolo do Leste Africano, que permite a livre circulação de bens e de trabalho na região a seu favor.
Quênia bloqueou a entrada do açúcar desde então. Entretanto, numa reunião feita essa semana, foi atestado por autoridades da alfandega que o açúcar que entrará no país é genuinamente de Uganda, desta vez.
Uganda, no momento sofre com a proibição do Quênia e o conflito no Sudão do Sul. Anualmente, produz 462.500 toneladas e consome 300.000 toneladas, de acordo com Jim Kabeho, o presidente USMA- Associação dos Produtores de Açúcar de Uganda.
Produtores do Quênia estão preocupados porque afirmam que o preço do açúcar de Uganda é mais baixo do que o queniano e isso pode afetar o mercado e os produtores locais.
Disputas comerciais entre Uganda e Quênia não são incomuns. Em 2012, mais de 1.200 sacas de açúcar pertencentes ao Ministro de Uganda, Kahinda Otafiire, foram destruídas no porto de Mombasa, por terem sido reembaladas como produto do Quênia, para poder ser despejado no país.