A Stellantis conta com um novo projeto, em fase de desenvolvimento desde o ano passado, intitulado Bio Electro.
A proposta consiste em utilizar uma tecnologia que associe a eletrificação ao etanol, para a produção de carros híbridos, e conta com o trabalho de 1500 engenheiros.
A ideia é priorizar a utilização da tecnologia e do desenvolvimento regional.
Entre alguns dos objetivos estratégicos globais da Stellantis também está a redução de 50% de emissões de CO2 em 2030 e 20% de mix de vendas de elétricos no Brasil, no mesmo ano.
LEIA MAIS > Governo não planeja manter desoneração de combustíveis
A fábrica da Stellantis, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte – MG, vai ser o epicentro do um projeto a nível mundial do grupo.
A possibilidade de uso do combustível derivado da cana-de-açúcar como alternativa ao processo de redução da dependência de fósseis, como gasolina e diesel, já vem sendo aventada pelo grupo automotivo desde o ano passado. Nesta terça-feira (31), o presidente do grupo para a América do Sul, Antonio Filosa, detalhou como será o projeto que pode entregar resultados já no final de 2023.
Os componentes criados serão utilizados nos veículos de montadoras que integram a carta da Stellantis: Fiat, Peugeot, Citroën, Jeep, dentre outras marcas. Segundo Filosa, os 1.500 engenheiros do grupo que atuam na planta de Betim, a maior da América do Sul, vão ser integrados a um processo com outros profissionais e startups para o desenvolvimento de soluções.
LEIA MAIS > StoneX estima moagem de 588,2 milhões de toneladas na safra 2023/24
O projeto já conta com parcerias firmadas com o Fiemg Lab – um hub de inovações para a indústria do setor em Minas, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e PUC Minas.
“Não vamos trazer um kit da Ásia e montar em uma fábrica. Vamos trazer fornecedores aqui que nos ajudem a localizar essas competências e tecnologias”, citou Filosa ao lembrar também dos 200 profissionais que atuam em Pernambuco e que estarão envolvidos no processo.
O executivo não precisou quando devem ser lançados os veículos que vão contar com o sistema híbrido a base de etanol.
Inicialmente, reforçou, os novos motores não vão substituir os já populares ‘Flex’, que têm aderência ao biocombustível e gasolina, mas podem ser uma alternativa à redução no preço final dos carros.
Filosa disse também que o etanol e uma matriz energética majoritariamente renovável colocam o Brasil na dianteira dos outros países na questão da transição energética. “Se associar algum tipo de eletrificação a esse etanol, a eficiência se torna ainda maior”, afirmou, contando que a companhia prevê o lançamento de 43 modelos entre 2021 e 2025, englobando oito marcas (Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën, RAM, Abarth, Opel e DS).