A produção de açúcar na Índia na atual temporada 2024/25 deverá cair para 25,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo anual é de cerca de 29 milhões de toneladas.
A informação está divulgada no portal da União dos Produtores de Açúcar da Rússia a partir de avaliação de analistas locais.
Conforme a entidade, a demanda por açúcar normalmente aumenta entre meados de março e meados de junho, à medida que mais bebidas geladas e sorvetes são consumidos durante os meses de verão.
A temporada 2024/25 termina em setembro próximo.
Exportação: quase metade da produção de açúcar autorizada já foi embarcada
As usinas de açúcar indianas assinaram contratos para exportar 600.000 toneladas de açúcar até o final da atual temporada 2024/25, que termina em setembro deste ano, relata o The Economic Times.
Segundo revendedores em Nova Déli, cerca de 250 mil toneladas desse volume já foram embarcadas.
Por que as exportações de açúcar estão em queda?
A Índia, o segundo maior produtor de açúcar do mundo, está vendo uma desaceleração nas exportações de açúcar como resultado de uma redução esperada na produção de açúcar devido ao aumento da produção de etanol sob um programa governamental.
Atualmente, os preços mundiais estão próximos do seu menor nível em três anos, enquanto a situação emergente no mercado de açúcar indiano pode dar suporte aos preços mundiais do açúcar até o início da nova temporada de moagem de cana-de-açúcar de 2025/26 no Brasil.
Enquanto isso, os preços do açúcar doméstico estão quase US$ 20 a tonelada mais altos do que os preços futuros de Londres, tornando mais atraente para os compradores adquirir açúcar brasileiro de maior qualidade a um preço semelhante, relata o portal da União dos Produtores de Açúcar da Rússia.
A Índia tradicionalmente exporta açúcar para países como Afeganistão, Bangladesh, Indonésia, Sri Lanka e Emirados Árabes Unidos.
Entre 2018 e 2023, a Índia foi o segundo maior exportador de açúcar do mundo, exportando uma média de 6,8 milhões de toneladas por ano.
Apesar da desaceleração nas exportações, o diretor-gerente da Federação Nacional das Cooperativas de Açúcar está confiante de que as usinas conseguirão exportar toda a cota de 1 milhão de toneladas alocada para a atual temporada.
Ressalta-se que as reservas de açúcar existentes serão suficientes para cumprir as obrigações de exportação e abastecer o mercado interno com açúcar.