Amaury Pekelman, presidente do conselho da Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), integra a comitiva brasileira que visita a China nesta semana.
Segundo ele, este compromisso tem como objetivo proporcionar avanços na relação comercial entre os dois países. Além disso, a China é um dos principais destinos dos produtos agroindustriais do Brasil e um dos maiores importadores do açúcar brasileiro.
“Toda conversa que tivermos com o Governo chinês é uma oportunidade de estreitar ainda mais essa relação. Nesse contexto, temos a oportunidade de apresentar os avanços do setor da bioenergia e o papel dos biocombustíveis, a exemplo o etanol, como combustível do futuro, reforçando o seu papel na redução de emissões, que vai ao encontro das políticas públicas focadas em desenvolvimento sustentável e dos esforços das lideranças globais na busca pelo cumprimento das metas de descarbonização do planeta”, disse.
Pekelman, que também é diretor de Relações Institucionais e de Comunicação da Paper Excellence, destaca que é importante lembrar que o Brasil é exemplo em políticas públicas que aliam desenvolvimento e sustentabilidade e o setor de bioenergia é um dos segmentos protagonistas nesta agenda.
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“É uma honra, na mesma medida de responsabilidade, apresentar o bom ambiente institucional que temos em Mato Grosso do Sul e as potencialidades do Brasil como produtor e exportador de alimento, biocombustíveis e energias renováveis“.
Defesa da transição sustentável
Nesta segunda-feira (27), em Pequim, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura do evento “Diálogo China-Brasil de Desenvolvimento Sustentável: governos locais, think tanks e empresas em ação”.
Na ocasião, ele destacou as potencialidades do desenvolvimento sustentável do agronegócio do Brasil que, a partir do próximo Plano Safra, terá um incentivo ainda maior para a recuperação de pastagens em áreas de plantio, o que possibilita dobrar a área de produção no país.
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“O Brasil pode e deve intensificar sua produção de alimentos. O Brasil pode e deve intensificar suas relações comerciais com a China. E podemos fazer tudo isso de forma sustentável, aumentando a produção, tanto da agricultura, quanto da pecuária, sem desmatar uma árvore”, ressaltou.
Organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) em parceria com o Center for China Globalization (CCG) e com apoio da Chinese People’s Association for Friendship with Foreign Countries (CPAFFC), o encontro busca aproximar governos locais, think tanks e empresas de ambos os países para uma transição para uma economia de baixo carbono.