Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar – Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná, não está contente com as condições oferecidas pelo Plano Safra ao setor sucroenergético. De acordo com o representante, a burocracia no acesso aos recursos impede o desenvolvimento do segmento. “Devido ao longo período de dificuldade do setor, nem todas empresas conseguem obter o dinheiro pela necessidade de garantias e certidões”, explica.
Questionado sobre quais áreas necessitam de mais investimentos, ele explica. “É preciso ser feita uma reforma e modernização das industrias, mas para isso, é necessário mais flexibilidade no acesso aos créditos. Tais medidas de financiamento deveriam ser em caráter permanente para facilitar o planejamento das industrias.”, afirmou, lembrando da necessidade de aumento de produtividade.
O Plano de Safra foi anunciado em 19 de maio e prevê a disponibilização de R$ 156,1 bilhões para custeio, comercialização e investimento. O montante é quase 15% maior na comparação com os R$ 136 bilhões autorizados em para o ciclo 2013/14. A taxa média de juros, no entanto, será de 6,5%, contra 5,5% no plano anterior.