Wellington Bernardes, da Redação
Anunciado no dia 19 de maio, o Plano Safra 2014/15 disponibilizará 156,1 bilhões de reais em créditos para o agronegócio, valor 14,7% superior ao do ano passado. Porém o setor sucroenergético não pode comemorar, de acordo com Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, o plano safra não acompanha a realidade do setor. “Há um enorme buraco. O Plano Safra, para o açúcar e álcool, continua distante do mundo real vivido pelo setor”, afirma.
Com a atual conjuntura do setor sucroenergético, Carvalho explica que o acesso aos recursos indicados fica comprometido. “O mundo do planejamento pode destinar recursos para atender a cana, mas o mundo real é o agricultor canavieiro ou a usina que chegam com dívidas e não conseguem ter acesso ao recursos. Você pode fazer plano, pode indicar os recursos, mas as usinas que realmente precisam, não terão acesso. Assim fica surreal”
Carvalho critica o modelo, no qual inexiste planejamento e há falta de orientação aos produtores para buscarem um posicionamento. Porém ressalta que há importantes aspectos positivos, como a inclusão das florestas plantadas no Ministério da Agricultura, e a posição importante para questão do armazenamento, crucial para a logística nacional. Caio, como também é conhecido, elogiou a divulgação do Plano Safra na data prevista.