A Petrobras iniciou testes com a adição de 24% de biodiesel na composição do combustível marítimo (bunker) para validar a elevação do uso de matéria-prima renovável no abastecimento de navios e embarcações.
O biodiesel adicional é produzido pela Petrobras Biocombustíveis (PBIO), em Minas Gerais. É o segundo teste, após um piloto bem-sucedido com adição de 10%.
A Petrobras está testando misturas maiores de biodiesel no bunker, em razão das caraterísticas dos motores das embarcações, menos sensíveis ao combustível, quando comparados às dos veículos pesados, com motores Proconve P8 – o Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores.
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O aumento da exigência nos motores eleva também os níveis de qualidade e especificação dos combustíveis. A normas foram mais recentes para o biodiesel rodoviário foram atualizadas este ano, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O bunker com o biocombustível está sendo testado por um navio afretado pela Transpetro no Terminal do Rio Grande (RS).
“Em uma análise preliminar, o percentual estimado de redução de emissões de gases de efeito estufa é de cerca de 17% em volume, em comparação ao bunker 100% mineral, considerando o ciclo de vida completo do produto”, diz a empresa.
A embarcação foi abastecida com cerca de 570 mil litros de combustível. O navio, da Maersk Tankers, é usado em rotas de cabotagem no litoral brasileiro.
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“Durante os próximos meses, serão acompanhados dados do navio, como consumo, potência desenvolvida, distância percorrida, além do desempenho do combustível em filtros e sistemas de purificação”.
Entre dezembro e fevereiro, a Petrobras testou bunker com 10% de biodiesel por 40 dias, no Darcy Ribeiro, embarcação da Transpetro.
“Os resultados indicaram que não houve ocorrência atípica no funcionamento do motor do navio, tampouco nos sistemas de tratamento do combustível (centrífugas e filtros)”, diz.