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Participação do etanol no ciclo Otto em outubro foi de 47,32%

Mas vendas de combustíveis tem queda

Participação do etanol no ciclo Otto em outubro foi de 47,32%

No acumulado de janeiro a outubro, as vendas de combustíveis leves continuam aquém do volume comercializado em 2019, com total de 39,8 bilhões de litros de gasolina equivalente comercializados (retração de 10,1%), apontam dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Em outubro foram consumidos 4,698 bilhões de litros de gasolina equivalente pela frota de veículos leves (ciclo Otto). O volume é 1,32% inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior e representa a menor retração mensal na comparação com 2019 desde o início da pandemia.

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A participação do etanol hidratado e do etanol anidro no ciclo Otto no mês foi de 47,32%. No acumulado desde o início do ano até outubro, a representatividade dos biocombustíveis é de 47% frente ao índice de 48,3% no mesmo período no ano de 2019. O consumo de hidratado somou 1,87 bilhão de litros em outubro, queda de 9,13% quando comparado ao volume registrado no mesmo mês de 2019.

No ano, o volume total consumido do biocombustível contabiliza redução de 15,3%, com total de 15,61 bilhões de litros de etanol hidratado. Já a gasolina, pelo segundo mês consecutivo, apresenta aumento em relação ao consumo do ano anterior. O volume comercializado em outubro de 2020 foi 2,1% superior ao volume de outubro de 2019. No acumulado do período, as vendas do derivado retraíram em 7,9%.

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“O crescimento do consumo de gasolina e a queda na demanda de etanol hidratado é explicada, entre outros fatores, pela maior recuperação das vendas de combustíveis leves na região norte-nordeste onde a competitividade do biocombustível é menor”, explica Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA.

“Neste momento em que o mundo todo discute a retomada verde, é importante destacarmos as vantagens do etanol para a redução de emissões de gases de efeito estufa e de poluição em grandes metrópoles”, acrescenta Rodrigues.