A moagem da safra 2022/23 de cana-de-açúcar na Paraíba. A primeira indústria a começar a processar a matéria-prima será a Japungu, localizada em Santa Rita.
A Tabu, que fica em Caaporã, deve ser a segunda unidade industrial a começar a moagem, iniciando os trabalhos na quarta-feira (20) e a Giasa, instalada em Pedras de Fogo, tem previsão de iniciar a moagem no dia 26 de julho. As demais unidades sucroenergéticas paraibanas – Monte Alegre, Miriri, Agroval e De Pádua – devem iniciar a moagem em agosto.
Como neste primeiro momento as indústrias normalmente processam apenas cana própria, o trabalho dos agentes tecnológicos da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) só vai começar em agosto.
O coordenador de Fiscalização da associação, Edvan Silva, explica que a equipe que vai atuar nas usinas paraibanas vai passar por um treinamento, entre os dias 25 e 29 deste mês, e iniciarão o trabalho de acompanhamento na primeira quinzena de agosto.
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“Nossa fiscalização atua 24h, todos os dias da semana, durante toda a safra. Para tanto, contaremos com o apoio de uma equipe de 15 fiscais, um coletor de amostras e um laboratorista, além da coordenação dos trabalhos, que é feita por mim”, destaca Silva.
Ele lembra que a fiscalização feita pela equipe diz respeito especificamente a questão do ATR.
“Esse é um trabalho de parceria com as indústrias já que fazemos parte da mesma cadeia produtiva”, reitera o profissional.
Sobre a safra passada
A produção de cana-de-açúcar na Paraíba na safra 2021/22 atingiu um volume de 5.687.959 toneladas de cana moída, que se transformaram em 120.856 toneladas de açúcar e 354.232 metros cúbicos de álcool.
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Do volume total de cana produzido na safra passada, 39% foram de matéria-prima própria de indústrias, o equivalente a 2.204.221 toneladas de cana e 61% de cana fornecida por produtores, num total de 3.483.738 toneladas.
A produção de açúcar foi dividida em 98.603 toneladas de Cristal, 19.702 de VHP e 2.551 toneladas de açúcar Demerara.
Do volume total de etanol, 223.294 metros cúbicos foram de anidro e 130.930 de etanol hidratado.
O setor canavieiro paraibano é o que mais emprega no campo atingindo um volume de cerca de 40 mil trabalhadores em épocas de safra.
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