“Ninguém vai do elétrico do dia para a noite. A forma mais fácil e barata (para chegar à eletrificação) é passar pelo etanol”, afirmou de forma contundente o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante participação no ABX22 – Automotive Business Experience, principal encontro de negócios do ecossistema automotivo e da mobilidade, realizado no São Paulo Expo, na última quinta-feira, dia 8.
Ao lado de algumas das principais lideranças da indústria automotiva brasileira, como Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul, Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil, Adriano Barros, diretor de relações públicas e governamentais da General Motors e Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, o ministro afirmou que “esses caras vão exportar o flex para o Japão e Estados Unidos”.
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O presidente da Anfavea, Marcio Leite, ressaltou a experiência do país com os biocombustíveis. “Por um lado, somos especialistas em soluções de descarbonização e geração de energia limpa, com destaque para nossa bem-sucedida experiência com biocombustíveis, uma aliada de outras rotas tecnológicas rumo à redução radical das emissões. Por outro, podemos, neste período de transição, fornecer veículos e motores a combustão de alta eficiência para países que ainda não têm condições de migrar para modelos elétricos”.
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Para Antonio Filosa, da Stellantis, o Brasil conta com o trunfo do etanol. “Nós, da Stellantis South America, somos parte importante do compromisso global da empresa com a eletrificação, que está expresso no plano estratégico Dare Forward 2030. Já lançamos veículos elétricos e híbridos no Brasil e nossa gama é expressiva e diversificada. Mas é sempre importante lembrar que nós temos no Brasil o trunfo do etanol, que nos permite desenvolver veículos híbridos que cumprem as metas de redução de emissões a um custo muito competitivo e acessível para o consumidor”.