Usinas

O potencial do Brasil na gerência da transição energética

Assunto foi tema do CEO Conference que reuniu expressivas lideranças do setor público e da iniciativa privada

O potencial do Brasil na gerência da transição energética

Um consenso entre empresários, investidores e membros do governo é que o Brasil tem um grande potencial a ser explorado, nesse período em todos buscam alternativas renováveis de energia.

Essa foi a tônica da questão energética tratada durante o CEO Conference, promovido pelo BTG Pactual nos dias 14 e 15, que reuniu expressivas lideranças do país, que discutiram os desafios do país e as principais tendências em economia, política e tecnologia para 2023.

No painel Transição Energética Fontes Alternativas e Crescimento, com moderação de Vittorio Perona, sócio do BTG Pactual, e participação de Marcos Lutz, CEO da Ultrapar e Mauricio Bähr, CEO da Engie Brasil, ficou evidenciada as potencialidades do país no que tange a fonte renováveis de energia e também quanto a importância dos biocombustíveis neste processo de descarbonização.

LEIA MAIS > Jalles distribui R$ 6 milhões de PPR para colaboradores

Marcos Lutz, CEO da Ultrapar

Para Marcos Lutz, atual CEO da Ultrapar, o biocombustível ainda vem sendo subutilizado. “Acho que no primeiro ponto que eu queria colocar é que o biocombustível é uma parte desse ecossistema renovável e uma parte que eu vejo ainda muito subutilizada numa perspectiva global. Produzir mais com menos recursos é a essência da sustentabilidade. O biocombustível como política de governo faz muito sentido para o Brasil e também para o mundo. Podemos melhorar demais a geração de energia através de biocombustível, biomassa ou coisas criadas pela pela natureza”, destacou Lutz, que já foi CEO da Cosan.

Para Maurício Bähr, da Engie, “o Brasil é um paraíso da energia renovável. Aqui a gente tem hidrologia, temos hidrelétricas,temos eólica, solar, biomassa. Aqui realmente é o paraíso né Disneylândia da energia renovável, a gente pode aproveitar muito isso no campo da infraestrutura“, disse.

Bähr informa que a Engie, presente em 31 países,  tem uma estratégia muito focada em energia renovável e infraestrutura para que essa energia renovável chegue até o cliente final,na área de transmissão de energia elétrica e também de transporte de gás e na área de serviços de soluções, para que os clientes possam também ter acesso a todos esses produtos, essas possibilidades.

LEIA MAIS > Raízen tem lucro líquido ajustado de R$ 256 milhões neste trimestre

Mauricio Bähr, CEO da Engie Brasil

“Nossa estratégia no Brasil é de crescer as linhas de transmissão e oferecer um caminho para que essa energia renovável flua até os consumidores. Já temos 3 mil km instalados e participando de leilões sempre a cada ano e na área de transporte de gás 4.500 km de gasodutos esperando que também possam ser expandidos e conectados a mais consumidores e por último, na área de soluções em iluminação pública como Curitiba, Petrolina e Uberlândia, onde a gente pode melhorar a iluminação pública das cidades com mais eficiência e também soluções específicas para descarbonização de algumas situações como aeroportos e outros exemplos”, afirmou Bähr.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presente no segundo dia da conferência, disse que o Brasil tem uma janela de oportunidade em meio a crise econômica global por causa da nossa matriz energética.

“O mundo inteiro está de olho no Brasil. No Fórum Econômico de Davos, fui procurado por empresas que querem investir no Brasil. A exigência é que a produção industrial seja feita com energia limpa“, informou o ministro que ao falar sobre as perspectivas econômicas brasileiras, antecipou para o mês de março o anúncio de uma nova regra fiscal.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Em sua participação no evento o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, juntamente com os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tratou sobre modelo de gestão com base em concessões à iniciativa privada, como forma de avançar em infraestrutura e competitividade, citando como exemplo os leilões dos terminais do Porto de Paranaguá.

O terminal PAR12m de 74,1 mil m² e capacidade de armazenagem anual de 120 mil veículos, foi arrematado por R$ 25 milhões e a empresa vencedora tem a obrigação de fazer investimentos de R $22 milhões ao longo de 25 anos. Em 2022, o PAR 32 foi arrematado por R$ 30 milhões. A área tem 6,6 mil m², destinada em especial a cargas de açúcar, deverá receber cerca de R$ 4,17 milhões em melhorias da empresa responsável.

Banner Evento Mobile