O ano de 2020 vai entrar para história marcado pelas turbulências e instabilidades. Mas, o investimento em produtos de qualidade garante lucratividade nas plantações de cana, mesmo em tempos de crise.
Enquanto muitas usinas lutam para manter a lucratividade, Ricardo Ducatti Delarco, fornecedor da Nardini em Monte Azul Paulista (SP), está tranquilo.
“Eu não posso ser refém dos preços, por isso invisto na produtividade das minhas áreas”, diz o produtor. Engenheiro agrônomo, formado pela UNESP, pretende superar a média de 120 toneladas de cana. Ele mantém a produtividade acima de três dígitos até o 9º corte em 2.500 ha de seu canavial.
Quais estratégias estão por trás destas produtividades surpreendentes? Em primeiro lugar está o conhecimento dos ambientes de produção e do solo, que permite definir zonas corretas de manejo e das variedades. Em segundo lugar vem o cuidado com as mudas sadias, com o manejo adequado, com sistema MPB e Meiosi. E por fim, para manter altas produtividades, é necessário repor todos os nutrientes que a cana exporta.
“A reposição deve ir além do NPK”, ensina o produtor. “Não podemos esquecer dos micronutrientes, da matéria orgânica, enxofre, cálcio e magnésio”. Além disso, o manejo de insumos e defensivos na área do Delarco, acontece em linha, com taxa variável, com equipamentos georreferenciados.
Manejo de cálcio e magnésio
Há anos Delarco percebeu que o calcário não funciona como fonte de cálcio e magnésio, pois não disponibiliza estes nutrientes na velocidade em que a cana precisa. Para ele, o produto mais adequado é o Fertimacro, óxido de cálcio e magnésio produzido pela Caltec.
A granulometria diferenciada, com alto poder de escoamento, garante aplicação
precisa e uniforme. O produtor usa óxidos em três ocasiões. Durante o preparo de solo, em conjunto com fósforo numa profundidade de 30 e 60 cm.
No plantio, quando o Fertimacro é dosado no sulco junto com adubação, formando a “sala vip” para favorecer o desenvolvimento da cultura. Além disso, anualmente, o Fertimacro é usado para repor cálcio e magnésio na cana soca. Como o produto consegue transpor facilmente a palhada para entrar em contato com o solo, os resultados na soqueira aparecem mesmo em períodos de baixas precipitações.
“Eu converso com o meu canavial e forneço tudo que ele precisa na hora certa, no local certo, em quantidades certas e com produtos de qualidade”, é assim que o produtor resume sua estratégia.
Esta matéria faz parte da edição 318 do JornalCana. Leia matéria completa clicando aqui.