A nova mistura de etanol anidro à gasolina, que inicialmente sairia dos atuais 25% para 27,5% e agora está em 27%, segue à espera de aprovação pela presidenta Dilma Rousseff. O entrave, agora, ganha ares econômicos: a chefe do Executivo federal reluta em assinar a autorização da mistura porque ela turbinaria a inflação.
É o que apurou o JornalCana junto a fonte do setor sucroenergético com trânsito no Palácio do Planalto. O argumento oficial é o de que as Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), oficialmente anunciadas a partir de 1º de fevereiro último, fariam tanto a gasolina quanto o etanol puxarem o índice inflacionário para cima.
No entender da fonte ouvida pelo JornalCana, o governo bate na tecla errada: embora anunciada em fevereiro, a Cide só entra em vigor dentro de 90 dias, ou seja, em maio.
Enquanto durar essa noventena, o governo aplica PIS/Cofins maior sobre os combustíveis, para compensar o período de entrada em vigor da nova Cide. E o aumento desses tributos nada têm a ver com aumento inflacionário.