A produção de etanol anidro na região Norte e Nordeste aumentou. De acordo com dados compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a fabricação do biocombustível atingiu 425 milhões de litros, quantidade 3,3% superior aos 412 milhões de litros obtidos em igual ciclo do ano passado.
Em relação à produção de etanol hidratado, houve queda no período: ficou em 351 milhões de litros. O volume produzido até a segunda quinzena de setembro é 6,9% inferior aos 377 milhões de litros verificados na moagem 2021/22. Até o dia 30 de setembro, aproximadamente 25% da matéria-prima já foi moída.
LEIA MAIS > Saiba quem é a 1ª mulher eleita presidente do CEISE Br
Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio, observa que mesmo com uma queda pontual nos números relativos ao etanol hidratado, a produção deverá se recuperar no decorrer da safra.
“Estima-se que até o encerramento da moagem atual haja uma elevação de até 8,4% na fabricação total de etanol, o que daria em torno de mais de 2,3 bilhões litros, com crescimentos de 7,3% para o anidro e 9,3% para o hidratado”, ressalta.
O executivo, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçucar/PE), enfatiza que o estoque físico do hidratado no Norte e Nordeste tem garantido a segurança no abastecimento da frota veicular.
“Estamos com mais de 118 milhões de litros de hidratado estocados, volume 3,64% maior em comparação aos 114 milhões de litros armazenados na safra passada”, lembra.
LEIA MAIS > É hoje, ao vivo! Assista ao MasterCana Brasil 2022
No processamento acumulado até a segunda quinzena de setembro, a moagem de cana somou quase 15 milhões de toneladas. Comparando-se ao mesmo período de 2021, houve aumento de 0,3% no processamento.
Até 30 de setembro, a produção de açúcar apresentou declínio em relação ao ciclo 2021/22. Foram produzidas quase 500 mil toneladas, quantidade 4,1% inferior ao ano passado, quando se registrou produção de 521 mil toneladas.
Segundo Cunha, se as perspectivas climáticas e mercadológicas ocorrerem como previstas, a expectativa do setor Norte/Nordeste é de que a moagem 2022/23 seja concluída com a fabricação de 3,2 milhões de toneladas do produto.
“Desse total, cerca de 1,7 milhão de toneladas serão destinadas ao mercado externo. Este volume é maior do que o observado em 2021/22, quando fabricou-se 2,8 milhões de toneladas”, exalta.
LEIA MAIS > Paraíba aumenta em 10% sua produção de etanol
Até abril de 2023, a safra 2022/23 terminará nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins e Amazonas. Em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba e Sergipe, a moagem será encerrada antes de março de 2023.