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Norte e Nordeste registram alta na produção de etanol anidro

Cerca de 25% da safra de cana 2022/23 já foi realizada

Norte e Nordeste registram alta na produção de etanol anidro

A produção de etanol anidro na região Norte e Nordeste aumentou. De acordo com dados compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a fabricação do biocombustível atingiu 425 milhões de litros, quantidade 3,3% superior aos 412 milhões de litros obtidos em igual ciclo do ano passado.

Em relação à produção de etanol hidratado, houve queda no período: ficou em 351 milhões de litros. O volume produzido até a segunda quinzena de setembro é 6,9% inferior aos 377 milhões de litros verificados na moagem 2021/22. Até o dia 30 de setembro, aproximadamente 25% da matéria-prima já foi moída.

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Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio, observa que mesmo com uma queda pontual nos números relativos ao etanol hidratado, a produção deverá se recuperar no decorrer da safra.

“Estima-se que até o encerramento da moagem atual haja uma elevação de até 8,4% na fabricação total de etanol, o que daria em torno de mais de 2,3 bilhões litros, com crescimentos de 7,3% para o anidro e 9,3% para o hidratado”, ressalta.

O executivo, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçucar/PE), enfatiza que o estoque físico do hidratado no Norte e Nordeste tem garantido a segurança no abastecimento da frota veicular.

“Estamos com mais de 118 milhões de litros de hidratado estocados, volume 3,64% maior em comparação aos 114 milhões de litros armazenados na safra passada”, lembra.

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Renato Cunha

No processamento acumulado até a segunda quinzena de setembro, a moagem de cana somou quase 15 milhões de toneladas. Comparando-se ao mesmo período de 2021, houve aumento de 0,3% no processamento.

Até 30 de setembro, a produção de açúcar apresentou declínio em relação ao ciclo 2021/22. Foram produzidas quase 500 mil toneladas, quantidade 4,1% inferior ao ano passado, quando se registrou produção de 521 mil toneladas.

Segundo Cunha, se as perspectivas climáticas e mercadológicas ocorrerem como previstas, a expectativa do setor Norte/Nordeste é de que a moagem 2022/23 seja concluída com a fabricação de 3,2 milhões de toneladas do produto.

“Desse total, cerca de 1,7 milhão de toneladas serão destinadas ao mercado externo. Este volume é maior do que o observado em 2021/22, quando fabricou-se 2,8 milhões de toneladas”, exalta.

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Até abril de 2023, a safra 2022/23 terminará nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins e Amazonas. Em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia, Paraíba e Sergipe, a moagem será encerrada antes de março de 2023.