Usinas

Nordeste terá conglomerado sucroenergético  

Empreendimento responderá por 6% de toda a cana processada no NE

Principais dirigentes das usinas Coaf, Pindorama, CooafSul e Coopervales decidem pela criação do conglomerado durante reunião ontem em Atalaia/AL
Principais dirigentes das usinas Coaf, Pindorama, CooafSul e Coopervales decidem pela criação do conglomerado durante reunião ontem em Atalaia/AL

Um projeto pioneiro no Brasil foi divulgado na última quinta-feira (29) e visa criar a primeira central de unidades sucroenergéticas cooperativadas do país, a entrar em operação na região Nordeste.

O empreendimento reúne as usinas Coaf (Timbaúba/PE), CooafSul (Ribeirão/PE), Pindorama (Cururipe/AL) e a Coopervales, que respondem por 6% das 50 milhões de toneladas de cana previstas para safra atual do NE.

A implantação do negócio pioneiro está programada para a próxima safra e tem o apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

“Será um dos principais conglomerados do setor sucroenergético do NE”, disse Alexandre Andrade Lima, presidente da usina Coaf e do Conselho do setor Agropecuário da OCB-PE, após reunião realizada na última quinta-feira (29), com representantes das outras usinas.

A central de usinas cooperativadas tem como objetivo potencializar o plano de negócios das quatro unidades, que continuarão com sua autonomia na gestão interna, mas passarão a atuar em bloco no mercado, otimizando sua filosofia cooperativista neste setor.

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Ao invés da usina negociar só, a central ampliará, por exemplo, a margem de todas em relação aos preços na compra de insumos para as fábricas, como também para os canaviais dos cooperativados. O mesmo ocorrerá referente à venda do etanol, açúcar, cachaça, energia e etc. produzidos pelas unidades.

“Vamos comprar insumos numa quantidade quatro vezes maior e vender nossos produtores na mesma proporção, qualificando o nosso plano de negócios tanto para compra como para venda”, diz Lima.

Toda essa margem qualificada será redimensionada para a própria cadeia produtiva, pois o cooperativismo não visa o lucro, mas o desenvolvimento socioeconômico de todos que participam dele: os fornecedores de cana, que são responsáveis pela maior parte da contratação da mão de obra do setor canavieiro do Nordeste. Assim a central contribuirá para todo setor.

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As quatro usinas são registradas na OCB e estão adimplentes e ativas no sistema do cooperativismo profissional brasileiro. As unidades têm pressa em iniciar a central. Pelo cronograma definido durante a reunião de hoje, que contou com suporte do gerente de Desenvolvimento de Cooperativas da OCB-PE, a assembleia para a oficialização do empreendimento será realizada com os cooperados das quatro usinas até maio do ano que vem. Além de Alexandre e Tarcísio Calábria, da Coaf, os principais dirigentes da Pindorama, Klécio Santos; da CooafSul, Cacá e Luís Henrique, e da Coopervales, Túlio Tenório também aprovaram o plano de ação e vão levar para discussão nos respectivos conselhos de administração de cada unidade industrial.

Esta matéria faz parte da Edição 321 do JornalCana. Para conferir, clique AQUI.