Com investimentos em torno de R$ 800 milhões, a Nardini Agroindustrial, inaugura no próximo dia 12 de maio a sua unidade no município de Aporé, no Sul de Goiás.
Nessa nova operação a companhia estima moer, na safra atual, 900 mil toneladas de cana-de-açúcar. Serão criados na região mais de dois mil empregos, sendo que a metade deles diretos.
Na primeira safra serão produzidos 80 milhões de litros de etanol hidratado. Também, serão gerados, a partir do bagaço da cana, 55 mil MW excedentes de energia elétrica.
O Grupo Nardini possui sede no município de Vista Alegre do Alto, no Estado de São Paulo. Fundada em 1973 por Aurélio Nardini, a companhia cresceu sob os pilares da excelência em gestão, tecnologia e sustentabilidade.
Em cinco décadas de história a empresa se tornou uma das melhores do setor sucroenergético nacional, produzindo açúcar, etanol, levedura e energia por meio da CEN – Companhia Energética Nardini, além de amendoim e soja.
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A decisão de construir uma nova unidade da empresa, em Aporé – GO, remonta a 2007. Tratou-se de uma escolha estratégica, uma vez que a direção da companhia vislumbrou a oportunidade de expandir os negócios na região do Sul de Goiás, onde a Nardini investia no ramo da pecuária.
O impulso veio com o incentivo governamental, por meio do Programa Produzir, do Governo do Estado de Goiás. Em 2021, foi lançada a pedra fundamental para a construção da indústria, quando as obras foram intensificadas.
A Nardini, preocupada com o desenvolvimento das comunidades vizinhas à empresa, aposta na contratação e capacitação de mão de obra local. Aposta, ainda, no desenvolvimento sustentável, uma vez que promove ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância desse tema. Também está impulsionando ações de apoio a projetos sociais e culturais nas comunidades locais.
“O nosso propósito é o de implementar tecnologias limpas e sustentáveis na produção e operação da empresa. Faremos o uso de fontes renováveis de energia, com a biomassa da cana, utilizando sistemas de tratamento de resíduos e água”, explica o presidente da empresa Riccardo Nardini.
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No que se refere a investimentos, ele revela que “para esta primeira fase de moagem de cana foram investidos em torno de R$ 800 milhões, sendo R$ 300 milhões na área agrícola e R$ 500 milhões na área industrial”.
A nova unidade da Nardini em Aporé, que está sendo inaugurada, foi submetida a um rigoroso planejamento de atividades. “Queremos, logo após essa primeira safra, continuar expandindo, aumentar o plantio de cana, ampliar a moagem e produção de etanol, bem como de energia elétrica”, esclarece o presidente. Nessa linha, ele projeta que “na primeira safra deste ano devemos moer 900 mil toneladas de cana e produzir 80 milhões de litros de etanol e gerar 55 mil MW de energia”.
O presidente já projetou os números da próxima safra. “Devemos moer um milhão e 150 mil toneladas de cana e produzir 103 milhões de litros de etanol e gerar 75 mil MW de energia excedente”, informa. Para alcançar tais resultados, a empresa pretende “aprimorar os processos e aumentar a capacidade de produção com tecnologias de ponta, treinamento e capacitação das equipes, desenvolvimento de novos produtos, expansão do mercado, sem se descuidar de ações nas áreas de responsabilidade social e ambiental”.
Estes quesitos estão ancorados, segundo lembra o presidente, no apoio a projetos sociais locais, como iniciativas de capacitação profissional e geração de emprego e renda, visando a qualidade de vida da população local, tendo em vista contribuir para o desenvolvimento econômico da região.
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“Vamos, também, incentivar projetos de conservação ambiental, como a preservação de mata nativa”, argumenta Nardini.
André Luiz Baptista Lins Rocha, presidente Executivo do Sifaeg (Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás) comemorou a inauguração da nova usina.
“A chegada da unidade da Nardini tem um simbolismo muito grande para o setor sucroenergético e, especialmente, para o estado de Goiás. Estamos comemorando 20 anos do carro flex, e ao mesmo tempo, há mais de dez anos não se inaugurava uma unidade nova para a fabricação de etanol a partir da cana-de-açúcar no Brasil. Isso mostra que o setor está retomando investimentos. Estamos felizes pela região de Aporé receber essa unidade, pois apesar de estar em uma região rica, no sudoeste goiano, é um município que não tem indústria e nós sabemos a importância da industrialização para o desenvolvimento e crescimento da cidade”, disse.
Rocha lembrou que a Nardini, um grupo tradicional de São Paulo, começou a construir a unidade em 2008, mas paralisou o projeto devido à crise da época, considerando a decisão acertada. Agora retoma as atividades, que marcam também, a possibilidade da produção de Goiás voltar a crescer.
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“Goiás foi o estado que mais recebeu investimentos e indústrias na expansão do setor pós carro flex (2003) e nos últimos anos, só tem recebido alguns investimentos para a construção de etanol de milho, tendo sua produção estagnada na casa dos 70 milhões a 75 milhões de toneladas de cana”, elucidou.
O executivo espera que este investimento sirva de alento para o Governo do estado de Goiás e que ele possa melhorar as suas políticas públicas de incentivos ao setor e com isso, dar condições de atrair novos investimentos -para aumentar a produção e a arrecadação estadual.
“Seja em duto de etanol, ferrovia, na logística para que possamos escoar a nossa produção, diminuir os gargalos que temos hoje e assim, melhorar a nossa competitividade; melhorar a eficiência das nossas indústrias e, consequentemente, melhorar e garantir o desenvolvimento da região e do estado de Goiás como um todo”, concluiu.