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Na última semana do ano, preço do MWh da energia da cana cai para R$ 52,33

Na última semana do ano, preço do MWh da energia da cana cai para R$ 52,33

A última semana de 2015 fecha com baixos preços para usinas sucroenergéticas que comercializam energia elétrica da cana-de-açúcar no mercado spot.

Desde o sábado (26/12/2015) e até a próxima sexta-feira (1/1/2016), o megawatt-hora (MWh) tem teto médio de R$ 52,33 pelo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), indicador apurado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os R$ 52,33/MWh valem para o submercado Sudeste/Centro-Oeste e o valor representa queda de 64% ante a semana anterior. A queda, no entanto, ocorreu também em dois dos demais três submercados avaliados pela CCEE: Sul (queda de 60%) e Norte (recuo de 45%).

A alta do PLD foi apurada no submercado Nordeste, com aumento de 71%, e o PLD valendo R$ 344,41/MWh.

O MWh feito da biomassa teve o preço reduzido em 64% no spot
O MWh feito da biomassa teve o preço reduzido em 64% no spot

Motivos da queda do PLD

Segundo a CCEE, as afluências de dezembro fecharam em 108% da média histórica, sendo 105% no Sudeste, 299% no Sul, 27% no Nordeste e 28% no Norte.

Em janeiro, as afluências previstas para o SIN é de 84% da Média de Longo Termo – MLT. As ENAs esperadas para o Sul subiram para 248% da MLT em função da continuidade do fenômeno El Nino.

As ENAS do são esperadas em 86% para o Sudeste, 29% para o Nordeste e 33% para o Norte.

Os limites de recebimento de energia do Nordeste, tanto pelo Sudeste quanto pelo Norte, foram atingidos, resultando na diferença entre os preços dos outros submercados.

Já os níveis de armazenamento esperados para os reservatórios do SIN ficaram cerca de 2.500 MWmédios abaixo da expectativa, registrando decréscimo em todos os submercados com exceção ao Norte (+30 MWmédios).

As reduções foram de 1.800 MWmédios no Sudeste, 400 MWmédios no Sul e 250 MWmédios no Nordeste.

Carga reduzida

A carga de energia prevista para o ano de 2016 foi reduzida em 1.100 MWmédios, sobretudo no submercado Sudeste (cerca de 600 MWmédios). Para a próxima semana, a expectativa é que a carga permaneça mais baixa, aproximadamente 1.050 MWmédios, no comparativo com a última revisão.

Optimized-logo_ccee_horizontal_A4-21O que é PLD?

O PLD é um valor determinado semanalmente para cada patamar de carga com base no Custo Marginal de Operação, limitado por um preço máximo e mínimo vigentes para cada período de apuração e para cada Submercado. Os intervalos de duração de cada patamar são determinados para cada mês de apuração pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e informados à CCEE.

Na CCEE são utilizados os mesmos modelos adotados pelo ONS para determinação da programação e despacho de geração do sistema, com as adaptações necessárias para refletir as condições de formação de preços.

No cálculo do PLD não são consideradas as restrições de transmissão internas a cada submercado e as usinas em testes, de forma que a energia comercializada seja tratada como igualmente disponível em todos os seus pontos de consumo e que, conseqüentemente, o preço seja único dentro de cada uma dessas regiões. No cálculo do preço são consideradas apenas as restrições de transmissão de energia entre os submercados (limites de intercâmbios).

O cálculo do preço baseia-se no despacho “ex-ante”, ou seja, é apurado com base em informações previstas, anteriores à operação real do sistema, considerando-se os valores de disponibilidades declaradas de geração e o consumo previsto de cada submercado. O processo completo de cálculo do PLD – Preço de Liquidação das Diferenças consiste na utilização dos modelos computacionais NEWAVE e DECOMP, os quais produzem como resultado o Custo Marginal de Operação de cada submercado, respectivamente em base mensal e semanal.