A cada ano a mulher conquista um espaço maior no setor de Corte, Carregamento e Transportes do setor sucroenergético, antes ocupada exclusivamente por homens. Essa nova versão na operação de colhedoras de cana, foi comemorada pelas 12 usinas da Biosev, no Dia da Mulher. Luciana Claudia Pioto, Rosiane Silva Pereira e Wanda Maria da Silva, colaboradoras da empresa, têm muitos motivos para comemorar pois se sentem realizadas em suas atividades atuais na área de logística e transporte.
Há cerca de dois anos, Luciana de 38 anos, que trabalha na Biosev – Usina Santa Elisa, na cidade de Sertãozinho, em São Paulo, desistiu do emprego na área de beleza – era designer de sobrancelhas – para se dedicar à atividade no campo.
Segundo a funcionária, familiares que trabalhavam em usina a incentivaram a entrar nessa área. “É muito diferente do que eu fazia, mas me apaixonei pelo campo. Não penso mais em sair”, conta a operadora de trator.
Mesmo trabalhando ao lado de muitos homens, diz que não teve dificuldades e que a aceitação foi melhor do que imaginava. “Eles recebem as mulheres muito bem e dão valor ao nosso trabalho. Não fazem diferença ou brincadeiras pelo fato de sermos mulheres dirigindo máquinas enormes.”
Ela também consegue conciliar o lado profissional com o pessoal, mantendo sua vaidade. “Sou muito vaidosa, não abro mão de uma boa aparência. Passo alguns cremes antes de vir para o trabalho, ando com a maquiagem sempre por perto.”
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Outro exemplo é a ligação de Rosiane Silva Pereira, de 38 anos, com o campo. Trabalha na usina há sete anos e conta com orgulho sua trajetória. “Comecei como cortadora de cana. Depois de quatro anos, tive a oportunidade de me tornar motorista de caminhão. Aproveitei a chance, hoje tenho muito orgulho de tudo que conquistei, do que posso proporcionar à minha família, minhas filhas. Sei que tenho oportunidade de crescer ainda mais”, diz.
Rosiane conta que as mulheres estão ganhando espaço como motoristas na usina e recebendo elogios pela qualidade do trabalho. “Somos muito elogiadas pelos líderes. As mulheres costumam ser mais cuidadosas ao volante, com as máquinas. Até os homens dão o braço a torcer e admitem isso”, brinca ela.
Há quatro anos Wanda Maria da Silva, de 32 anos, começou a trabalhar na Biosev – Usina Santa Elisa como cortadora de cana. Depois de dois anos, obteve sua habilitação e, desde então, trabalha dirigindo caminhões que fazem o transbordo de cana picada para a companhia. “Consegui evoluir profissionalmente e hoje estou muito feliz na minha atual função.”
Ela explica que recebe muito incentivo do marido, também motorista de caminhão. “Ele nunca teve preconceito ou ciúmes por ser uma atividade dominada por homens. Me incentivou a entrar na usina e depois a passar para a função de motorista”. Wanda diz que não sente dificuldade no relacionamento com os companheiros de trabalho. “Os homens já se acostumaram com a nossa presença. O convívio é muito tranquilo. Apesar de ainda poucas, as mulheres são muito respeitadas”, garante.
