
O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas pediu à Justiça do Trabalho, por meio de uma ação cautelar, o bloqueio e a indisponibilidade dos bens da usina de cana-de-açúcar Cansanção de Sinimbu para garantir o pagamento de salários atrasados dos empregados.
Conforme o MPT, cerca de mil trabalhadores do campo e da indústria ainda não receberam os salários de junho, julho e agosto deste ano e aguardam receber pagamentos de 2015.
A usina está localizada em Jequiá da Praia (AL).
Segundo a assessoria do MPT, durante a última audiência realizada na sede do Ministério Público, os representantes da usina não apresentaram nenhuma proposta para negociar a quitação dos débitos.
A procuradora do Trabalho Rosemeire Lobo, responsável por mediar a audiência, propôs à empresa a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a usina não demonstrou interesse em firmar o acordo. “Diante da recusa da empresa, por várias vezes, de apresentar propostas para pagar os salários dos trabalhadores, requeremos que a empresa assuma judicialmente a obrigação de coibir a irregularidade”, disse a procuradora.
O Ministério Público do Trabalho ainda estipulou prazo de 20 dias para a usina apresentar uma proposta de solução das irregularidades, mas nenhuma proposta foi oferecida. O MPT deve aguardar o julgamento da ação cautelar para buscar a quitação dos salários em atraso.
Desde o ano passado, trabalhadores rurais e urbanos da usina Sinimbú reivindicam que não recebem seus salários em dia. Os empregados chegaram a bloquear rodovias para cobrar medidas efetivas da empresa.