Resgatar a imagem do agronegócio é o objetivo do movimento “De Olho no Material Escolar”, grupo de pais encabeçado pelo Núcleo Feminino de Agronegócio para revisão urgente do que está sendo ensinado aos alunos brasileiros.
Segundo a fundadora do movimento Andreia Barnabé, foi solicitado um estudo realizado pela FIA/USP que constatou a falta de ciência nos conteúdos dos materiais escolares disponíveis nas escolas, em relação ao mundo do agronegócio.
“Falta muito o trabalho de uma Embrapa, de universidades que comprovam que o setor evoluiu muito, e infelizmente isso não aparece nos livros. A pesquisa realizada pela FIA/USP revelou que 60% das menções referentes ao agro são negativas”, informa Andreia.
O estudo apontou precariedade de embasamento científico. Análises realizadas mostraram a ocorrência de imperfeições pedagógicas, bem como vieses de natureza política ou ideológica. Estes não deveriam estar presentes nos textos didáticos, uma vez que os materiais teriam como propósito incentivar o espírito científico dos leitores, formar opiniões independentes, atitudes e valores compatíveis com os saberes das ciências.
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Falta de valorização do papel do produtor rural e da agroindústria na economia do país. No resultado geral, identificou-se diminuição do espaço do produtor rural e do agro na agenda econômica e de desenvolvimento do Brasil.
E também falta de entendimento sobre a conexão do campo com a cidade: riscos à sucessão pela falta de atratividade do setor rural, sobretudo, entre os jovens.
Para reverter essa situação, o movimento tem buscado uma aproximação com as editoras para dar suporte de conteúdo para modificar essa realidade. Estamos criando um projeto de uma biblioteca virtual que funcionará como uma fonte para os editores”, explicou Andreia.
De acordo com a advogada e diretora do Projeto Vivenciando na Prática, Nádia Jacintho, “nosso trabalho é fazer essa conexão com quem produz o material didático”.