Até o final de janeiro, a maior região produtora de cana-de-açúcar processou 593,82 milhões de toneladas da cultura, decréscimo de 0,11% em relação ao mesmo período da safra passada.
Durante a segunda quinzena de janeiro, o processamento da cana na região contabilizou 589,35 mil toneladas, queda de 85,42% em comparação com a safra 2015/16, quando a região processou aproximadamente 4 milhões de toneladas.
Esta redução na produção no comparativo entre safras era esperado. No ciclo 2015/16, as usinas da região estenderam a safra até o início de abril de 2016, incrementando a moagem e fabricação de seus produtos no período. Para a safra vigente, 2016/17, o cenário é contrário, muitas usinas adiantaram o fim da safra pela falta de cana-de-açúcar para processamento.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), doze usinas estavam em atividade no até o final do primeiro mês do ano. Sendo, cinco no Mato Grosso do Sul, quatro em São Paulo e uma em Goiás, Minas Gerais e Paraná.
A expectativa da Unica para a próxima quinzena é de apenas onze usinas moendo.
Açúcar
A produção acumulada de açúcar cresceu 15% no comparativo entre safras, reflexo dos bons preços da commodity no mercado internacional. Até o final do mês de janeiro o Centro-Sul produziu 35,25 milhões de toneladas. Na quinzena, com queda de 87,86%, a produção foi de 11 mil toneladas.
Etanol
Apenas o etanol anidro registrou crescimento na safra 2016/17. Foram 10,6 bilhões de litros no acumulado, alta de 0,25%. O tipo hidratado acumula na safra produção de 14,45 bilhões de litros, com queda de 13,28% em comparação com 2015/16.
A produção total de etanol na safra soma 25 bilhões de litros, queda de 8,04%. Na quinzena, foram fabricados 61 milhões de litros, queda de 83,77% ante os 377 milhões de litros da safra passada.
Vendas
O total de etanol vendido pelas usinas chegou a 964,55 milhões de litros em janeiro, sendo 44,20 milhões de litros destinados à exportação e 920,35 milhões de litros ao mercado doméstico.
No mercado interno, a comparação entre janeiro de 2017 e dezembro do 2016 sinaliza retração na comercialização tanto de hidratado como de anidro.
As vendas de anidro somaram 851,70 milhões de litros, queda de 6,06%, enquanto que a comercialização do hidratado foi de 899,14 milhões de litros, retração de 20,02%.