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MME discute segurança energética e oportunidade econômica com o Conselho do Atlântico

Experiências exitosas como o RenovaBio e Projeto de Lei Combustível do Futuro foram compartilhadas com membros do conselho

MME discute segurança energética e oportunidade econômica com o Conselho do Atlântico

O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, representou o Ministério de Minas e Energia (MME), nesta quinta-feira (7), no painel Conselho do Atlântico – Vozes do Sul Global, que ocorreu durante a programação da COP28, em Dubai.

Esse espaço, do qual participaram diversos países, é uma plataforma em que representantes de governos apresentam as prioridades em políticas públicas e perspectivas para a transição energética, descarbonização, investimentos e aprendizados.

O acesso a financiamento foi apontado como crucial para uma transição adequada às necessidades climáticas globais, sobretudo para os países do chamado Sul Global, que são mais vulneráveis às mudanças climáticas. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), 3,3 bilhões de pessoas são “altamente vulneráveis” aos efeitos do aumento da temperatura do planeta.

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“A transição energética terá papel fundamental nos planos de mitigação das mudanças climáticas. Desse ponto de vista, o Brasil demonstra que é possível otimizar os recursos disponíveis e proporcionar uma matriz energética sustentável por meio de políticas públicas para ampliar a produção e uso da bioenergia e dos biocombustíveis, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis; e diversificação da matriz energética por meio de fontes renováveis que respeitam a vocação do país”, defendeu Pietro.

Outra iniciativa brasileira compartilhada com os demais painelistas foi a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que impõe metas de redução da intensidade de carbono dos combustíveis para o setor de mobilidade. Em quatro décadas de experiência no uso de etanol, o Brasil deixou de consumir 2,7 bilhões de barris de petróleo equivalente, o que evitou a emissão de 1,68 bilhão de toneladas de CO2.

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Combustível do Futuro

Citado em praticamente todos os fóruns e painéis dos quais o ministro Alexandre Silveira e demais representantes do MME participaram, o Programa Combustível do Futuro também foi destaque no Conselho do Atlântico.

Para atender à demanda crescente por combustíveis, o MME apresentou ao Congresso Nacional novos marcos legais para uma nova geração de biocombustíveis, muito mais eficientes, que irão ajudar o país a emitir menos CO2 na atmosfera e reduzir a dependência dos derivados fósseis. A proposta legislativa cria políticas nacionais para o diesel verde, combustíveis sintéticos e bioquerosene de aviação. Além disso, institui a metodologia de análise do ciclo de vida “do poço à roda” e cria o marco legal da captura e estocagem de carbono (CCS).

“Com o Combustível do Futuro abre-se a oportunidade de investimentos de mais de 200 bilhões de reais até 2037, em tecnologia e novos parques produtivos somente em bioenergia e CCS”, reforçou o secretário.