Pedro Mizutani, presidente do Conselho Deliberativo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), disse na Conferência Datagro CeiseBr, na manhã de terça-feira (23/08) em Sertãozinho, durante a Fenasucro, que o setor sucroenergético tem condições de chegar a 24,5 mil litros de etanol por hectare.
“É um sonho, mas dá para alcançar”, disse Mizutani. Segundo ele, hoje o setor chega a 7,1 mil litros de biocombustível por hectare.
Alcançar o ganho de produção, informou, ajudará o País a chegar a 50 bilhões de litros de etanol em 2030. Esse montante está previsto em ratificação do governo brasileiro no Acordo de Paris, em dezembro passado, na qual o Brasil compromete-se a ter 18% de bicombustível do total de combustíveis no país, o que equivale a 50 bilhões de litros. Hoje, as usinas brasileiras chegam a 30 bilhões de litros.
‘Receita’
Para chegar aos 24,5 mil litros por hectare, o presidente do Conselho da Unica, informou que a estratégia é investir em variedades de cana-de-açúcar corretas em solos corretos, como as variedades transgênicas, que devem chegar ao mercado nos próximos anos.
Segundo ele, o ganho de produção por hectare também está na indústria, com o emprego do etanol celulósico, ou 2G. “A Raízen já tem esse etanol em escala industrial”, disse Mizutani, também executivo da companhia Raízen.
“Daqui a 2 ou 3 anos o etanol 2G será competitivo em escala comercial”, disse.